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Quem quer um pedaço da Triumph? Antiga fábrica vai a leilão

03 mai, 2018 - 07:15

Em janeiro foi encerrada, a empresa têxtil que a comprou decretada insolvente, situação que levou ao despedimento coletivo de quase 500 trabalhadores.

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As instalações, a frota e os equipamentos da antiga fábrica de roupa interior Triumph, que está insolvente, vão ser leiloadas hoje, com um preço base de 5,7 milhões de euros.

A empresa alemã possuía uma fábrica em Sacavém, concelho de Loures, que foi adquirida em setembro de 2016 pela empresa Têxtil Gramax Internacional (TGI), uma sociedade portuguesa de capital suíço.

Contudo, em 24 de janeiro deste ano a fábrica de Loures, que produzia roupa interior, foi encerrada e a TGI decretada insolvente, situação que levou ao despedimento coletivo de quase 500 trabalhadores, maioritariamente mulheres.

Segundo refere o catálogo da leiloeira LC Premium, responsável por esta venda, estará em leilão a unidade fabril, assim como o recheio e a frota, com um preço base de licitação de 5,7 milhões de euros.

No documento, publicado na página da internet, a leiloeira explica que a ideia é vender os bens no conjunto, mas que, caso isso não seja possível, a venda será feita separando o imóvel dos bens móveis, que serão vendidos lote a lote.

O processo de venda da Triumph à TGI, que decorreu durante um ano, chegou a ser muito contestado pelos trabalhadores e pela Câmara de Loures, que temiam que a fábrica encerrasse definitivamente.

Depois de concluída a venda, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, deslocou-se em janeiro de 2017 à fábrica e congratulou-se por esta continuar a laborar em Portugal e manter os postos de trabalho. No entanto, em novembro desse ano, a administração da empresa comunicou aos trabalhadores que iria ocorrer um processo de reestruturação, que previa o despedimento de 150 pessoas.

Em 5 de janeiro deste ano, depois de tomarem conhecimento de que a administração tinha dado início a um processo de insolvência, as trabalhadoras iniciaram uma vigília de 20 dias à porta da fábrica, tendo durante esse período vários deputados, autarcas e sindicalistas se deslocado ali para levar mantimentos e demonstrar a sua solidariedade.

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