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Militar ferido na República Centro-Africana está a recuperar bem

09 abr, 2018 - 17:55

O comandante das forças portuguesas em Bangui garante que não falta nem preparação nem meios e que os piores inimigos que têm de enfrentar são as estradas e os mosquitos.

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O militar português ferido na Republica Centro-Africana, durante a madrugada, está a recuperar bem depois de ter sido atingido por estilhaços de uma granada.

A informação foi avançada esta tarde à Renascença pelo comandante da força nacional destacada.

O tenente-coronel João Bernardino garantiu que este ataque aconteceu no mesmo bairro em Bangui onde no dia 31 de março uma patrulha de militares portugueses foi atacada por um grupo armado.

No ataque desta madrugada, um militar ficou ferido, mas não corre perigo. “O militar que foi ferido encontra-se bem, está a recuperar bem. Irá ser submetido, por uma questão de segurança, a mais uns testes para ver se efetivamente não há pequenos estilhaços que possam ter ficado, mas a avaliação do médico é que está tudo bem, e vai recuperar nos próximos dias”.

A força de reação rápida está na República Centro-Africana ao serviço das Nações Unidas, para estabilização do território. O facto de já ter sido atacada mais do que uma vez comprova que a missão tem mudado. “Os grupos armados estão mais ativos, mas a postura da ONU tornou-se mais musculada. Perante a possibilidade destes grupos porem em causa a segurança das pessoas, houve a necessidade de a ONU tomar uma posição.”

Foi daí que surgiu esta operação em que ficou ferido um militar. “Aconteceu porque efetuámos uma operação militar, de acordo com as nossas tarefas aqui na RCA, com todas as forças militares e policiais, contra grupos armados que atuam contra a população na cidade de Bangui, para os neutralizar”, explica o oficial.

João Bernardino rejeita qualquer sugestão de falta de meios por parte dos portugueses. “A força de reação rápida está muito bem equipada para fazer face ás necessidades que estão definidas e que Portugal assumiu perante a ONU. Para além do equipamento, do melhor que Portugal tem, os militares são sujeitos a seis meses de treino para fazerem face às condições que vão encontrar aqui no teatro das operações” e explica ainda que as principais ameaças são as estradas intransitáveis e os mosquitos.

“As principais dificuldades que a força enfrenta aqui é a movimentação quando é preciso usar meios terrestres. Em média, para fazer 150 quilómetros, precisamos de três dias. Depois, o outro grande desafio, e para isso vimos preparados, é fazer face aos desafios para o cumprimento da missão, e combater o grande inimigo daqui, que é o mosquito.”

A força de reação rápida é composta por 159 militares portugueses.

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  • Mário Guimarães
    02 mai, 2018 Lisboa 13:08
    A defender os interesses franceses em África ! Quando foi para defenderem Portugal onde estavam ? O PS e o lacaio das Nações Unidas manda mais carne para canhão .Que vergonha a que isto chegou!

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