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Patrão dos patrões contra nova taxa para empresas que façam contratações a prazo

22 mar, 2018 - 23:06

António Saraiva aguarda pela reunião desta sexta-feira na concertação social para saber pormenores sobre a medida.

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O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) não concorda com a criação de uma nova taxa para empresas que abusem dos contratos a prazo.

“O primeiro-ministro anuncia que vai lançar uma taxa. Não diz que taxa. Diz que não é a TSU mas não diz o que é. Por isso vamos aguardar para ver o que é que o Governo nos vai apresentar”, diz António Saraiva.

Em declarações à Renascença, o líder da CIP lembra que “num momento em que as empresas estão a contratar os novos empregos que foram criados – e que todos aplaudimos – 80% desses novos empregos foram criados sem termo. Vir agora penalizar esta ou aquela questão quando a economia já está a reagir, não me parece o mais adequado”.

António Saraiva lamenta ainda que a nova taxa tenha sido anunciada na comunicação social e não na reunião desta sexta-feira na concertação social.

“Lamento que o primeiro-ministro, em vez de anunciar previamente aos parceiros, utilize a comunicação social para anunciar o que se vai passar em concertação social. O governo ultimamente deixou de nos entregar documentos previamente às reuniões de concertação. Aguardarei aquilo que amanhã o governo traga aos parceiros sociais. E consoante aquilo que trouxer, assim reagiremos”, acrescentou.

A nova taxa foi anunciada pelo primeiro-ministro em entrevista à revista Visão, um dia antes da reunião da concertação social.

Comentários
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  • Rui
    23 mar, 2018 Lisboa 23:10
    Em Portugal a maioria dos trabalhadores ganham 600€ independentemente da capacidade das entidades patronais este valor de salário não é compatível com o andamento económico da carruagem europeia e como por cá são os trabalhadores que pagam tudo desde maluquices da banca, desvarios dos governantes, maioria da produção nacional e tudo o resto que compõe o monstro gigantesco com tentatuculos até ao curso de judas, continuem com estes ordenados miseráveis e é uma questão de tempo até estar tudo de tanga outra vez.
  • José
    23 mar, 2018 Aveiro 15:37
    Convido os atacantes dos Patrões a transformarem-se neles, invistam, corram riscos, criem empregos e paguem bem aos trabalhadores... e não os despeçam, mesmo que não produzam...! Depois mudarão, como este ex-sindicalista!, também já estive nos dois lados, e confesso, durmo e vivo melhor como empregado! (...)
  • Marco Almeida
    23 mar, 2018 Olhão 13:48
    Diz o artista: 80% desses novos empregos foram criados sem termo. Só se for do Alentejo para cima, porque no Algarve virou moda contrato de prestação de serviços a recibos verdes e é se queres senão vais roubar para comer. De patrões está o País cheio, precisamos é de empresarios mas esses são poucos
  • António dos Santos
    23 mar, 2018 Coimbra 12:46
    Portugal tem uma péssima qualidade de empresários! Não investem, chulam os trabalhadores e fazem engenharia financeira, para roubar o fisco, isto é: os portugueses. Só querem pagar o salário mínimo, mas são capazes de dar milhares de euros aos filhos e netos, para esbanjar, em muitas vezes em coisas duvidosas. A quem os sustenta, diga-se os trabalhadores só recebem as migalhas.
  • Estão fossilizados.
    23 mar, 2018 Lisboa 12:28
    Este Saraiva continua a defender trabalho escravo como empresario e como Presidente da CIP. O homem ao fim destes anos todos ainda não percebeu que a economia também funciona como pescadinha de rabo na boca. Quanto mais as pessoas ganham mais consomem mais se produz e produz-se mais barato e o Estado ganha mais impostos. O homem precisa de fazer uma reciclagem, precisava de visitar alguns Países desenvolvidos da Europa. No Norte da Europa em muitos Países há mercados de produtos, de artigos e de serviços que em Portugal são totalmente inexistentes. Porquê porque as pessoas ganham bem e consomem melhor, mesmo tendo hábitos de poupança. Nesses Países sai-se à rua e em todo o lado vê-se a pujança da economia. Com esta gente com mentalidade de merceeiro não se vai lá. É por isso que sendo o mercado da UE tão grande e tão valioso não se vê empresarios Nacionais a investir nele, criando empresas nele. Excepção feita a alguns merceeiros que fizeram uns investimentozinhos na Polonia e à Galp com umas bombitas na Galiza.
  • Filipe
    23 mar, 2018 évora 11:26
    Deixaram África para virem para Portugal explorar os brancos !
  • Joao Lampreia
    23 mar, 2018 Olhos d'Água -Albufeira 11:06
    Claro que o Dr. Saraiva prefere a precariedade dos contratos a termo para usar o sangue das pessoas enquanto jovens e depois descartar os empregados quando chapado o tutano e venha outro que este tá velho. Não tem consideração por ninguém, apenas o rei lucro e capital os move.SANGUESSUGAS!
  • João
    23 mar, 2018 Coimbra 10:58
    porque não se baixa a taxa (TSU ou outra) a quem contrate sem termo? Porque só se segue a via do aumento?-é taxa para açucar, para sal. para isto e para aquilo, porque não se premeia em vez de se penalizar? com o Déficit abaixo de 1% não haverá, agora, vida para além do deficit? onde estão os que reclamavam?
  • maria
    23 mar, 2018 06:49
    Claro, este só defende a barriga dos gordos.
  • José Cruz Pinto
    23 mar, 2018 ILHAVO 04:43
    A CIP ter-se-á porventura convencido de que é um órgão de soberania - assim uma espécie de Tribunal Constitucional da Economia e das Relações e Legislação Laborais. É a única explicação plausível e lógica para a sua aparente indignação.

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