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VISTO DE BRUXELAS

​Costa aponta caminhos para o futuro da UE

16 mar, 2018 - 14:27

Semana marcada pela ida de António Costa a Estrasburgo, convidado para falar sobre o futuro da União Europeia. Costa defendeu o modelo português, liberdades de escolha, defendeu a capacidade orçamental da zona euro.

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Visto de Bruxelas (19/03/2018)

Costa admitiu que a União Europeia tem de estar à altura da sua responsabilidade histórica face aos vários desafios, sempre honrando os compromissos, mas sendo mais coesa. Duas prioridades: concluir a união economia e monetária, e dotarmos a EU dos recursos à medida das suas responsabilidades e desafios que temos de enfrentar”, numa referência ao pós-Brexit: "Temos de ter consciência [de] que nenhum dos grandes desafios que enfrentamos será melhor resolvido fora da União, por cada Estado-Membro isoladamente, por mais populoso ou próspero que seja", sublinhou.

António Costa prosseguiu dizendo que só a UE em conjunto conseguirá liderar uma ação concertada à escala mundial para a aplicação do Acordo de Paris, "vital para responder às alterações climáticas que ameaçam a Humanidade na sua existência".

Do lado interno, nesta comunicação ao Parlamento Europeu, o Primeiro-ministro disse que o Governo optou por um trajeto centrado em mais crescimento económico, mais e melhor emprego e maior igualdade. Em Estrasburgo fez um autoelogio da solução política nacional e defendeu que partilhar os mesmos valores não significa perder identidade.

Apontando que "as regras não servem para uniformizar as políticas", mas sim "para que os compromissos comuns possam ser alcançados através das diferentes políticas que os eleitorados escolham, democrática e soberanamente", António Costa explicou então que o seu Governo optou por um trajeto diferente, alternativo à austeridade.

"Em Portugal, definimos uma alternativa à política de austeridade, centrada em mais crescimento económico, mais e melhor emprego e maior igualdade. A reposição de rendimentos devolveu confiança aos agentes económicos, permitindo o maior crescimento económico desde o início do século, um crescimento sustentado no investimento privado, nas exportações e no emprego", apontou.

"É verdade que fizemos diferente, mas cumprimos as regras e temos aliás hoje finanças públicas mais sólidas do que tínhamos há três anos atrás. Saímos em 2017 do procedimento por défice excessivo, tivemos no ano passado o défice mais baixo da nossa democracia e na passada semana a Comissão Europeia retirou Portugal da lista de países com desequilíbrios macroeconómicos excessivos", lembrou.

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