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Santuário de Fátima reza pelo Papa Francisco e recorda cinco anos do pontificado

13 mar, 2018 - 16:13

Francisco foi o sexto Papa a visitar Fátima, em maio de 2017.

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Os peregrinos de Fátima foram convidados, esta terça-feira, a rezar pelo Papa Francisco, o primeiro chefe da Igreja católica oriundo do hemisfério sul, no dia em que se comemora o quinto aniversário do seu pontificado.

Durante a missa inserida no programa da peregrinação mensal de março, realizada na Basílica da Santíssima Trindade, o reitor do Santuário de Fátima, Carlos Cabecinhas, considerou que se trata de uma efeméride que não pode ser ignorada.

"As orações pelo papa são intenção permanente neste lugar, como parte integrante da mensagem de Fátima", frisou Carlos Cabecinhas.

Na homilia, o reitor referiu que "a exortação à conversão atravessa toda a mensagem de Fátima e está patente no pedido repetido para que os homens não ofendam mais a Deus e no apelo à oração e aos sacrifícios pelos pecadores".

"O pequeno Francisco afirmava: 'Gosto tanto de Deus! Mas ele está tão triste, por causa de tantos pecados! Nós nunca havemos de fazer nenhum'. É isto a conversão", sublinhou.

O Papa Francisco foi novamente lembrado durante a oração dos fiéis, num pedido para que "Nossa Senhora o proteja na sua missão".

O Santuário de Fátima recebeu, em maio de 2017, a visita de Francisco, que presidiu às cerimónias do centenário das aparições e à canonização de Jacinta e Francisco Marto, duas das crianças que em 1917 afirmaram ter visto Nossa Senhora na Cova de Iria.

Esta foi a sexta visita de um papa ao Santuário de Fátima. Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991 e 2000) e Bento XVI (2010) foram os anteriores pontífices a visitar Portugal.

Nas intervenções que fez em Fátima, Francisco deixou apelos à paz e à concórdia e lembrou os excluídos da sociedade e todos os que sofrem em consequência dos conflitos em vários países do mundo.

O chefe da Igreja católica tem tido, até agora, um pontificado marcado pela simplicidade e proximidade na abordagem de dramas sociais.

Esta postura tem suscitado entusiasmo ou curiosidade, até junto dos não católicos, mas também oposições na Igreja.

Francisco foi o nome adotado pelo argentino Jorge Mario Bergoglio, 81 anos, depois de ser eleito papa, numa escolha considerada surpreendente, já que estava entre os cardeais mais velhos do conclave.

Quando apareceu em 13 de março de 2013 na varanda da basílica de São Pedro, no Vaticano, ao som dos gritos da multidão "Longa vida ao papa!", Francisco, o primeiro papa jesuíta, pediu "irmandade" entre os 1,2 mil milhões de católicos, rezou juntamente com a multidão na praça de São Pedro e afirmou que os cardeais "tinham ido ao fim do mundo" para o eleger.

Os múltiplos escândalos de pedofilia e as sucessivas denúncias de abusos de crianças por sacerdotes, assim como "a corrente de corrupção" que afirmou existir no seio da Cúria foram alguns dos principais desafios internos que Francisco teve de enfrentar.

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