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Proibido desistir. Sete passos para alcançar os seus objetivos

19 mar, 2018 - 08:00 • Marta Grosso

Como deixar de… deixar coisas a meio? Betsy Schow passou de “desistente” a “transformadora” e revela como conseguiu no livro “Proibido Desistir”.

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Já lhe aconteceu ter um objetivo e desistir a meio? O tempo não esticou, os filhos e as tarefas diárias puseram-se à frente, o trabalho apertou e aquilo que definiu para si e queria concretizar acabou por ficar em segundo (e terceiro e quarto) plano. Muito provavelmente, até terá ficado pelo caminho.

Como concretizar aquilo a que nos propomos e ultrapassar as adversidades? Em “Proibido Desistir” (ed. Pergaminho), Betsy Schow dá várias dicas a partir da sua experiência pessoal.

Aqui ficam os sete passos mais importantes:

  1. Escolha a sua montanha
  2. Defina o percurso
  3. Regule a sua bússola para a subida
  4. Mantenha um ritmo constante
  5. Esmague os mosquitos
  6. Escale até ao cume
  7. Aprecie a vista

Escolha a sua montanha

“Fará pouco sentido querer escalar o Evereste se quase caiu quando tentava chegar à casa no cimo de um monte”.

Este passo é o da definição de objetivos, para tomar consciência da montanha que pode escalar neste momento e evitar “aquelas cujos rochedos ainda são intransponíveis”.

Distinga objetivo de sonho ou ideal e cinja-se ao primeiro.

Defina o percurso

É a definição do plano de ação, um “GPS para não se desviar da rota”. Nesta fase, deverá identificar armadilhas, reunir as ferramentas necessárias para as ultrapassar e fazer a mala para o resto da viagem.

Betsy Schow sublinha que a diferença entre os desistentes e os finalizadores é que os primeiros procuram a saída mais próxima quando o Plano A cai por terra, enquanto os segundos buscam uma escada para voltar a subir e tentar um novo plano, porque sabem que há mais letras no alfabeto.

Regule a sua bússola para a subida

Chegou a altura de anular a voz negativa que mora na cabeça de toda a gente, “aquele pequeno demónio” que nos diz: “não sou/és capaz”.

“No momento em que consegui ser verdadeira comigo mesma, avançar e atingir os meus objetivos, desmascarei essa voz mentirosa que sempre me atormentou”, revela a autora, admitindo que, para tal acontecer, é preciso tempo e trabalho árduo.

Do processo fazem parte duas ações importantes: respirar e perdoar-se.

Mantenha um ritmo constante

É possível que seja das fases mais difíceis, pois “a euforia inicial já desapareceu, mas o fim do seu objetivo ainda não passa de um ponto no horizonte”.

Poderá ter de colocar umas palas nos olhos e concentrar-se apenas em ir colocando um pé à frente do outro. Pelo caminho, poderá ter de se sentar para ter uma perspetiva do sítio onde está.

Para tal, poderá recorrer a uma lista do que já foi feito (e não daquilo que falta fazer). Inclua todas as coisas que não lhe apetecia: por exemplo, ter arrumado algo num dia em que só lhe apetecia ficar deitado no sofá ou na cama.

Lembre-se: se for dando passos, acabará por chegar ao fim e concretizar o seu objetivo. Se a preguiça for mais forte, acumulará tarefas e, só de pensar no que lhe falta fazer, ficará cansado e desmotivado.

“A vida é com andar de bicicleta: para manter o equilíbrio, tem de ser manter em movimento”, disse Albert Einstein.

Esmague os mosquitos

Os mosquitos são aquelas pessoas que azucrinam o ouvido enquanto tentamos cumprir o nosso plano.

“O elogio é como uma droga e as críticas são como veneno: nenhum deles faz bem à saúde”, sublinha a autora, cujo primeiro sucesso como Finalizadora foi perder peso e contar ao mundo.

“Não importa o quanto amo as pessoas – ou os bolos – se prejudicam a minha saúde, devo a mim mesma e aos meus objetivos limitar a minha interação com elas”, afirma no livro, destacando que inclui nestas pessoas elementos da família.

A melhor maneira de esmagar os mosquitos é mudar a sua reação à maneira como os outros olham para si. Para tal, em vez de se concentrar na atitude que tomaram consigo, pense no que os terá levado a tal. Perceberá nessa altura que foi a história deles que pesou, acima de tudo.

Mas os mosquitos podem também ser fatores de tensão que nos atormentam: medo de fracassar, fraca autoestima, problemas no trabalho… Se pensar neles como pedras que carrega às costas numa mochila, aprenda a deitá-las fora.

Escale até ao cume

Este é o ponto que separa os desistentes dos finalizadores. Isto, porque a última parte é sempre a mais difícil, aquela em que parece que ainda há tanto por fazer e em que, por isso, muita gente vira costas.

“Se fosse fácil, não valeria a pena”, insiste Betsy Schow. Por isso, pede: “nunca se arrependa de ter seguido a estrada mais esburacada”. Ela traz sempre aprendizagens que o tornarão mais forte.

“Errar é a prova de que tentaste”, diz a autora, citando a professora da filha. Por isso, e porque há vezes em que o universo parece mesmo conspirar contra si, pode lamentar-se. Mas só por cinco minutos.

“Não há mal nenhum em ir-se abaixo de vez em quando. É normal sentir-se desapontado. O que não pode acontecer é permanecer submerso nessa angústia”, até porque “tem uma montanha à sua espera” para escalar.

E quando começar a ver a meta, continue a andar. Ou não saberá o que está do outro lado. “A diferença entre ganhar e perder, na maioria das vezes, é não desistir”, já dizia Walt Disney.

Aprecie a vista

Parabéns! Chegou ao cimo. Mas o trabalho não acabou. É que, depois de alcançar o cume da montanha, há sempre a descida. “É como ansiar o ano inteiro pelo Natal e depois damos por nós no dia 26 de dezembro. E agora?”.

Arranje a sua medalha. Todos os objetivos têm uma medalha associada à sua concretização – cabe-lhe a si saber encontrar a sua. A autora dá vários exemplos:

  • Um saco de plástico com cinzas para quem deixou de fumar;
  • Uma peça de roupa ou de calçado que marque um momento de concretização;
  • Um certificado de conclusão;
  • Uma imagem.

Betsy Schow diz que guardou um molho de cartas dos agentes que recusaram representá-la antes de os seus livros começarem a ser publicados.

Lembre-se disto: depois de uma viagem longa - e, porventura, penosa - agora que chegou ao cume da montanha consegue perceber que é capaz de ultrapassar desafios difíceis.

“Depois de fazer algo impossível, TUDO começa a parecer possível”, destaca a autora, para quem, se a vista no cume da montanha é bonita, “saber que nos arrastámos por pântanos e escalámos penhascos no limite das nossas forças” torna-a ainda melhor, “numa vista de cortar a respiração”.

Para o futuro

O pico não tem fim. Os desafios e os objetivos vão continuar. Surgem, de resto, todos os dias na sequência da infindável lista de tarefas diárias.

Para gerir tudo, a autora sugere o recurso a um quadro utilizado nos negócios (e criado por Stephen Covey), adaptado ao “resto das pessoas”.

O quadro é dividido em quatro áreas: Orgulho, Qualidade de Vida, Prazo Apertado e Necessidade. Concentre-se primeiro nestas duas últimas e reflita sobre o Orgulho, deixando-o para o fim.

Uma coisa é certa: depois de ter escalado uma montanha, a voz negativa que havia dentro (e fora) de si vai perdendo força e volume. Cada vez mais saberá desfrutar da paz que é confiar em si mesmo por saber que, com tempo, vai chegar às suas metas.

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