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Vice-diretor de campanha de Trump vai declarar-se culpado

23 fev, 2018 - 20:06

Rick Gates estará a colaborar com a justiça na investigação sobre a alegada intromissão russa.

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O vice-diretor da campanha presidencial de Donald Trump, Rick Gates, vai declarar-se culpado de conspiração contra os Estados Unidos e de ter mentido aos investigadores. A informação consta de documentos em tribunal.

Segundo analistas, esta posição poderá indicar que Gates vai cooperar com as autoridades na investigação liderada por Robert Mueller sobre a alegada intromissão russa.

Há ainda outras eventuais acusações contra o antigo elemento da equipa presidencial de Trump: fraude bancária e lavagem de dinheiro.

Segundo a acusação apresentada por Mueller, pouco antes de Gates se declarar culpado, o consultor político mentiu aos investigadores federais sobre o conteúdo de uma reunião realizada em março de 2013, em que se discutiu a Ucrânia.

Gates mentiu deliberadamente ao negar que nesta reunião se discutiram assuntos ligados à política ucraniana, um encontro em que também esteve presente o ex-chefe da campanha de Trump Paul Manafort, um membro de um grupo de pressão ('lobby') e um congressista, adianta a acusação.

De acordo com o documento, Rick Gates mentiu às autoridades sobre o assunto em 1 de fevereiro, no mesmo dia em que os seus advogados desistiram de o representar.

O antigo assessor de Trump pode enfrentar uma pena de até sete anos de prisão, mas Mueller pode solicitar ao tribunal que reduza a pena, com base na cooperação prestada aos investigadores.

A data da sentença ainda não é pública, mas o tribunal marcou uma audiência preliminar para 14 de maio.

Gates, de 45 anos, inicialmente declarou-se inocente das acusações feitas contra si em outubro, incluindo lavagem de dinheiro. Hoje foram acrescentadas mais 32 relacionadas com fraude bancária.

Em comunicado emitido depois da mudança de posição de Gates, Manafort declarou: "Continuo a afirmar a minha inocência".

Gates assume assim um papel fundamental nas investigações sobre a interferência russa, ao poder dar informação à equipa de Mueller sobre o envolvimento de Manafort ou outros assessores da campanha de Trump sobre o assunto.

Comentários
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  • uomem
    24 fev, 2018 Lisboa 11:37
    coitado onde arranjar um bode expiatório

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