Tempo
|
A+ / A-

Violência no Congo leva 22 mil a fugir para o Uganda

13 fev, 2018 - 15:22

As Nações Unidas, no início desta semana, disseram que a situação poderia piorar, estimando que uma ofensiva lançada pelas tropas congolesas contra militantes ugandeses no mês passado pode deslocar até 370 mil pessoa.

A+ / A-

Mais de 22 mil pessoas fugiram do Congo para o Uganda na semana passada, após um aumento da violência étnica no nordeste do país, aumentando o número total de migrante para cerca de 34 mil desde o início do ano, informou a agência de refugiados das Nações Unidas(UNHCR), na terça-feira.

Pelo menos 30 pessoas morreram na luta entre pastores de Hema e agricultores Lendu na província de Ituri este mês. Estes confrontos são ainda reminiscências das disputas que mataram milhares de Hema e Lendu durante uma guerra civil que terminou em 2003.

"Assistimos nas últimas semanas, em média por dia, à fuga de cerca de 3.000 pessoas", disse o porta-voz do ACNUR, Babar Baloch, durante uma conferência de imprensa em Genebra, acrescentando que milhares permaneceram encalhados nas margens congolesas do lago Albert, que marca a fronteira com Uganda.

O ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) informou que os refugiados estão a atravessar o sétimo maior lago africano em canoas e barcos de pesca superlotados, uma viagem que pode demorar até 10 horas. Quatro refugiados afogaram-se no domingo após a canoa ficar encalhada.

Mais de 120 mil congoleses fugiram para países vizinhos no ano passado, depois de o presidente Joseph Kabila se recusar a demitir-se no final de seu mandato em dezembro de 2016. Sua decisão provocou uma onda de agitação, suscitando receios de que o país rico em minerais da África Central voltasse à guerra civil.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+