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Presidente das Filipinas diz que é preciso disparar nos genitais das guerrilheiras comunistas

12 fev, 2018 - 16:15

Para a organização internacional Human Rigths Watch, Duterte está a incitar a "atos de violência sexual em conflitos armados".

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O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, defendeu ser necessário "disparar na vagina" das mulheres que fazem parte do grupo guerrilheiro Novo Exército do Povo (NEP), um comentário que está a ser condenado por várias organizações internacionais e locais.

"Digam aos soldados que há uma nova ordem: 'Não te mataremos, iremos disparar-te na vagina'", terá dito Duterte durante uma reunião com ex-militantes do Novo Exército do Povo, um grupo comunista considerado "terrorista" pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Duterte referia-se às guerrilheiras do Novo Exército do Povo, que está ativo no arquipélago.

As declarações do chefe de Estado filipino sobre as militantes do NEP terão sido proferidas no dia 7 de fevereiro, mas a transcrição oficial da reunião só foi conhecida esta segunda-feira.

Na mesma reunião, Duterte acrescentou que as militantes do NEP "sem vagina, seriam inúteis", um comentário qualificado de "misógino" pela Human Rights Watch e várias organizações não-governamentais filipinas.

Duterte "está a incitar as forças governamentais a cometer atos de violência sexual em conflitos armados, o que constitui uma violação do direito humanitário internacional", defende a Human Rigths Watch.

Já a organização feminista filipina "Gabriela" disse, através de um comunicado, que Duterte "fomenta abertamente a violência contra as mulheres, contribui para a impunidade e assume-se como o 'macho fascista' mais perigoso do governo, neste momento".

Já anteriormente, o presidente das Filipinas, de 72 anos, fez vários comentários públicos considerados sexistas, misóginos e depreciativos em relação às mulheres.

Em junho de 2016, antes de assumir o cargo de chefe de Estado, Duterte foi fortemente criticado por ter contado uma "anedota" sobre uma freira australiana violada e assassinada num motim prisional e, mais recentemente, afirmou que "está disposto a oferecer 42 virgens" a cada turista que visitar as Filipinas.

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