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Áustria. Manifestação junta milhares contra Governo com extrema-direita

13 jan, 2018 - 18:58

O novo executivo tem seis ministros do Partido da Liberdade, de extrema-direita.

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Pelo menos 20 mil pessoas manifestaram-se em Viena contra a coligação entre a direita e a extrema-direita, no poder na Áustria, segundo as contas da polícia.

Os organizadores estimam que 25 a 50 mil pessoas tenham participado no desfile, que atravessou o centro de Viena.

O novo Governo austríaco, saído das eleições de 15 de Outubro, é liderado pelo jovem conservador Sebastian Kurz, e integrado por seis ministros da extrema-direita, um dos quais, Heinz-Christian Strache, líder do Partido da Liberdade (FPÖ), é vice-chanceler.

"O que mais temo é que se vulgarize este tipo de governos, que se tornem o novo normal", disse à agência France-Presse uma manifestante, Christa, de 55 anos.

Para Tobias Grettica, um alemão de 47 anos, o mais "preocupante é ver o nacionalismo a progredir em todo o lado".

Convocada por organizações de esquerda e movimentos anti-racista e de apoio aos imigrantes, a manifestação reuniu participantes de todas as idades, incluindo dezenas de famílias.

Nas faixas e cartazes brandidos pelos participantes podia ler-se "Não deixem os nazis governar", "Fora" ou "Tudo tem um fim".

Vários dos cartazes exibidos evocavam a anexação da Áustria pela Alemanha nazi, em 1938, e a instalação de um regime fascista no país: "Outra vez não, por favor" ou "Quem tolera Kurz e Strache teria aplaudido 1938".

O actual Governo, em funções há menos de um mês, é a segunda coligação na Áustria entre os conservadores e a extrema-direita, depois do governo, formado em 2000, pelo ÖVP de Wolfgang Schüssel e o FPÖ de Jörg Haider, alvo de sanções da União Europeia.

Comentários
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  • Spartacus
    14 jan, 2018 lisboa 11:00
    Os vencidos de esquerda fazem arruaças na rua e comunicação qdo resultados n são-lhe favor´veis.Juntam-se assim a um conjunto de interesses de elites que quer escravização dos povos.Trump ganhou foi irruptivo e inesperado os mesmos do costume a nível nacional e internacional continuam a provocar e como resposta têm o crescimento da SUPRAMACIA Branca,do KKK e das extremas direita que estão imparáveis e em crescimento. Os impostómetristas e herejes, ateus que se cuidem
  • manuel
    14 jan, 2018 lisboa 08:05
    prefiro a extrema-direita porque defende uma europa limpa
  • olheu
    13 jan, 2018 ponta delgada 21:30
    Força Trump! Força direita! Arabes fora da Europa já!

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