05 jan, 2018 - 10:05 • Liliana Carona
José Pereira tem 48 anos e não queria acreditar quando viu sair gasóleo do terreno da sua futura casa – aquela que está a construir de raiz e terá um jardim, supostamente com um furo artesiano. Terá, porque para já não tem.
“Tinha o licenciamento, o pagamento das taxas e o aviso da Centráguas-Sondagens e Captações de Água em como estava autorizado a fazer furo. Quando começámos a furar, apareceram resíduos de gordura e, quando atingimos os sete metros, apareceu o combustível. Bastante combustível”, descreve à Renascença.
“Seria uma bolsa de combustível que estava perdida por aqui”, acrescenta o morador de Carregal do Sal.
Segundo José Pereira, a Administração da Região Hidrográfica do Centro (ARH) suspendeu a licença e ordenou a selagem do furo – obra na qual o morador gastou cerca de quatro mil euros.
“Gastámos uma pequena fortuna para fazer a selagem. Hoje não tenho furo para dar água. Ao menos que seja ressarcido deste prejuízo. Segundo a Recursos Hídricos do Centro, os solos estão contaminados”, argumenta.
José Pereira fala na existência de bombas de combustível na proximidade e apela a que as entidades competentes investiguem o caso. “Já me arrependi de ter feito o furo”, lamenta.
O autarca de Carregal do Sal, Rogério Abrantes, desconhecia a situação, mas diz à Renascença que vai imediatamente contactar o proprietário da habitação, acreditando que o Ministério do Ambiente já poderá estar a tratar do caso.