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"Incêndios" eleita a Palavra do Ano pelos portugueses

04 jan, 2018 - 10:50

Esta iniciativa vai na nona edição. No ano passado, a vencedora foi "geringonça".

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"Incêndios" é a Palavra do Ano 2017. O processo de votação, promovido pela Porto Editora, terminou a 31 de Dezembro e o resultado foi conhecido esta quinta-feira, numa cerimónia na Biblioteca Municipal Ary dos Santos, em Sacavém, no concelho de Loures. Participaram 30 mil internautas.

A palavra (com 37% dos votos) foi escolhida por causa dos "sucessivos incêndios" que se fizeram sentir durante o ano passado em todo o país. O ano de 2017 "foi um dos mais trágicos de sempre, pela enorme quantidade de vítimas e pela dimensão da área atingida", justificou a Porto Editora, quando no início de Dezembro último apresentou as candidatas.

No 2.º lugar, com 20% dos votos, ficou o vocábulo "afecto" e, no 3.º, "floresta", com 14% das escolhas.

O 4.º lugar é ocupado pela palavra "vencedor", com 8% dos votos, um termo escolhido por, em maio do ano passado, "pela primeira vez, e de forma surpreendente", Portugal ter sido o país vencedor do Festival Eurovisão da Canção, "sendo de sublinhar o entusiasmo e o carinho que o cantor Salvador Sobral despertou junto dos portugueses", escreveu a Porto Editora.

No 5.º posto, ex-aequo - com 05% cada -, ficaram os termos "crescimento", uma palavra que "há bastante tempo não era usada para definir o comportamento da economia portuguesa, facto que foi notório ao longo do ano", e "cativação", palavra que se tornou muito visível e "algo controversa, na estratégia orçamental do Governo", no âmbito do "objectivo de manter o défice abaixo dos valores definidos com a União Europeia".

No 7.º lugar, ficou "desertificação", que arrecadou 4% das intenções, e, no 8.º, ex-aequo, com 3% das intenções de voto, cada, ficaram os termos "gentrificação" e "peregrino".

No último lugar ficou "independentista" com apenas 1%.

A eleição da Palavra do Ano vai na nona edição.

As palavras eleitas nas edições anteriores foram "esmiuçar" (2009), "vuvuzela" (2010), "austeridade" (2011), "entroikado" (2012), "bombeiro" (2013), "corrupção" (2014), "refugiado" (2015) e "gerigonça" (2016).

Comentários
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  • A. Pera
    05 jan, 2018 Acimada 14:10
    Entào não foi "tragédia"? Deve ter sido a palavra mais repetida nos títulos dos nossos jornais...
  • Jaime Menezes
    04 jan, 2018 Paço de Arcos 14:01
    A escolha da palavra é o resultado da insistência maciça quotidiana, desde Junho p.p., dos destractores do governo actual e, particularmente, da maioria que o suporta políticamente, secundados pela totalidade dos media, incluindo os de serviço público. O esquema foi montado sabiamente pois é evidente que põe em prática a apoio à maioria conservadora que aspira o regresso ao passado recente.
  • RDVM
    04 jan, 2018 Braga 13:53
    Francamente, não há outros motivos mais importantes para relembrar outros coisas tb importantes ? Os "sempre invocados 3 e 4 vezes por dia" , por interesse político e desonesta imprensa, vão todos dar ao mesmo : à desgraça dos incêndios e AVIVAR O SOFRIMENTO, diariamente, das pessoas afetadas diretamente ! Até quando isto vai acontecer ? Então a SIC e o CM são do pior que a informação tem ! Por isso estão na condição de extinção !!!
  • Bruno F
    04 jan, 2018 Massamá 13:11
    Portugal.. apesar dos seus grandes feitos continua com uma mentalidade pequena e pessimista. Até à bem pouco tempo o Presidente Marcelo e todo afecto, união, apelos, e consertação que representa foi enviado para segundo plano. Quando fez o seu discurso de ano novo e segmentou o mesmo em duas partes, o povo não hesitou em dar relevância à segunda..
  • ANTONIO SILVA
    04 jan, 2018 PORTO 12:14
    JÁ REPARARAM QUE AS PALAVRAS ÚLTIMAMENTE ESCOLHIDAS SÓ REPRESENTAM DESGRAÇAS? I" INCÊNDIOS" GERINGONÇA" ETC., ESTAS MENCIONADAS SÃO AS MAIORES DESGRAÇAS DA ÚLTIMA DÉCADA!
  • Alberto
    04 jan, 2018 FUNCHAL 11:45
    Um problema! Lembra logo a desgraça que foi o Governo. Mas...a C.S. tratará de lembrar só o PR.

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