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Raríssimas. PJ faz buscas na Casa dos Marcos e na casa de Paula Brito e Costa

21 dez, 2017 - 09:17

A operação decorre do inquérito que o Ministério Público tem em curso sobre a alegada gestão danosa de Paula Brito e Costa nas duas instituições.

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A Polícia Judiciária estará a fazer buscas na casa da ex-directora da associação Raríssimas e na Casa dos Marcos, a instituição de que Paula Brito e Costa ainda é directora.

Segundo o comunicado da Procuradoria distrital de Lisboa enviado à Renascença, são cinco mandados de busca, quatro não domiciliário e um domiciliário. Os alvos são a Casa dos Marcos, a residência de Paula Brito e Costa, o gabinete de ex-secretário de Estado de Saúde Manuel Delgado, a sede da Raríssimas (Lisboa) e um gabinete de contabilidade que colaborava com a associação.

As diligências estão a ser feitas por 18 elementos da Polícia Judiciária, dois magistrados do Ministério Público e ainda 11 técnicos da PJ, especialistas na área da contabilidade e informática.

A acção surge na sequência das denúncias de gestão danosa por parte daquela responsável, através de uma reportagem da TVI. A investigação jornalística mostrou documentos que colocam em causa a gestão de Paula Brito e Costa à frente da instituição de solidariedade social e um alegado uso do dinheiro destinado à associação Raríssimas e à Casa dos Marcos (criada para tratar e acolher pacientes com doenças raras) em gastos pessoais.

Segundo o comunicado da procuradoria distrital, a ex-presidente da Raríssimas está a ser investigada pela prática dos crimes de peculato, falsificação e recebimento indevido.

“Investiga-se a apropriação ilícita de recursos financeiros da IPSS [Raríssimas] com recurso a procedimentos irregulares de vária natureza, nomeadamente no reembolso de supostas despesas decorrentes do exercício de funções, documentação falsa e pagamento indevido pela associação de viagens a titulares de cargos públicos”, lê-se.

O caso já provocou a demissão do secretário de Estado da saúde Manuel Delgado, que em 2013 e 2014 foi consultor da Raríssimas, com um vencimento de três mil euros por mês, tendo recebido um total de 63 mil euros.

Na quarta-feira, a direcção da associação Raríssimas anunciou a suspensão preventiva de Paula Brito e Costa por um período de 30 dias – isto, no mesmo dia em que a ainda directora da Casa dos Marcos se apresentou ao trabalho, sob o protesto dos funcionários, para não incorrer num processo de despedimento por justa causa.

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  • zita
    21 dez, 2017 lisboa 14:24
    Casos pontuais???????????????????????????????????????????????????????????????????? Submarinos e o que seja, se é corrupto é para prender, seja ele quem for, se não basta a cor partidária e é suficiente para considerar corrupto ou não, seja quem for e de que cor for. é corrupto deve ser condenado e não há pequenas corrupções e grandes corrupções, corrupto é corrupto, ladrão é ladrão. O pior cego é o que não quer ver!
  • zita
    21 dez, 2017 lisboa 14:19
    Espero que tenha sido em tempo oportuno, pode já ser tarde, pelo menos teve tempo para fazer desaparecer documentos tanto da empresa como de casa, mas como a nossa polícia tem sido eficaz, este pode mesmo ter sido o tempo certo.
  • Alberto
    21 dez, 2017 FUNCHAL 12:16
    A PJ que procure bem, vendo se encontra algum "delgado" em casa dela!
  • António
    21 dez, 2017 Norte 10:22
    Acho bem, mas isto serve apenas para acalmar a opinião pública. Na verdade isto das raríssimas é uma gota no oceano do cambalachos que por aí andam,desde fundações, organismos públicos, câmaras, e de muitos deputados, entre outros.
  • António Cunha
    21 dez, 2017 Setúbal 10:17
    ... e continua! O que importa falar não se fala; o processo 'Submarinos' afundou, a Tecnoforma é para esquecer! Estes casos pontuais ultrapassam os verdadeiros escândalos que já são frequentíssimos!
  • E O ZAROLHO XUXA?
    21 dez, 2017 Lx 10:12
    E em casa do zarolho não vão? Ainda há q explicar mais alguma coisa pois o zarolho nã explicou tudo...

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