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Câmara de Lisboa quer nova Praça de Espanha em 2020

15 dez, 2017 - 00:18

Há nove projectos finalistas, confirma Manuel Salgado. O objectivo é construir "um parque urbano, um jardim”, acrescenta.

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A Câmara de Lisboa quer "libertar várias áreas cobertas de alcatrão" para a construção de um parque urbano na Praça de Espanha, afirma à Lusa o vereador do Urbanismo, prevendo que a obra comece em 2020.

No âmbito da apresentação dos finalistas do concurso público de ideias para a Praça de Espanha, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, o vereador Manuel Salgado manifestou-se "muito satisfeito" com os nove projectos escolhidos para enfrentar a fase final, advogando que "há ideias muito interessantes".

Para que o projecto final para a Praça de Espanha seja "a solução mais participada possível", o autarca convidou os lisboetas a visitarem a exposição das ideias dos nove finalistas, que vai estará patente até 29 de Janeiro na Fundação Calouste Gulbenkian.

"Era muito importante convidar as pessoas a visitarem a exposição para darem os seus contributos", reforçou o vereador do Urbanismo, explicando que "até ao final de Fevereiro haverá um período de consulta pública" para que depois seja escolhido o projecto vencedor.

Questionado sobre o que a autarquia pretende como projecto final, Manuel Salgado disse que o objectivo é construir "um parque urbano, um jardim, aproveitando a zona da Praça de Espanha".

"Foram feitos os estudos de tráfego que mostram que é possível libertar várias áreas que hoje estão cobertas de alcatrão e tornar utilizável este espaço ao qual as pessoas não acedem, porque há tanta rua, tanto carro a passar e organizado de tal maneira que a zona verde do meio mesmo junto ao arco, onde estão as árvores, as pessoas não vão lá, têm medo de atravessar e chegarem ao centro da actual Praça de Espanha", declarou.

Neste sentido, a Câmara de Lisboa pretende transformar o espaço verde existente no centro da Praça de Espanha num jardim "como é o Jardim da Estrela ou como são outros jardins da cidade".

Após o período de consulta pública, que decorre até ao final de Fevereiro, está previsto um período de três meses para elaboração das propostas finais para depois o júri decidir e escolher a solução final, adiantou o autarca, referindo que o objectivo é ter o projecto do parque urbano na Praça de Espanha concluído entre o final de 2018 e o início de 2019.

Depois de concluído o projecto, a autarquia tem que lançar o concurso para a execução da obra.

"A partir de 2020 deve ser o início da obra", estimou Manuel Salgado, acrescentando que se trata de "uma obra importante" que deverá demorar "à volta de um ano e meio".

Sobre o orçamento da obra, o vereador do Urbanismo indicou que "há estimativas", mas "neste momento é prematura estar a dar um valor", explicando que existem várias componentes, desde a reformulação da rede viária à plantação do próprio parque.

A Câmara de Lisboa anunciou em Abril a abertura de um concurso de ideias, que decorreu até 29 de Maio, para projecção do parque urbano que vai nascer na Praça de Espanha, contemplando zonas de estadia, esplanadas e equipamentos desportivos e que terá uma área de cerca de 45 mil metros quadrados.

No concurso de ideias para a elaboração do projecto do parque urbano da Praça de Espanha foram apresentados "12 trabalhos de concepção", dos quais foram seleccionados nove por um júri.

Os nove trabalhos seleccionados são da autoria de: Machado e Braga Macedo Arquitectos, Lda; Sérgio Miguel da Silva Godinho, Arquitecto; Ventura Trindade Arquitectos/Baldios Arquitectos Paisagistas; Pedro Machado Costa e Luís Ferreira Neto; Atelier do Beco da Bela Vista, Arquitectura Paisagista, Lda.; NPK -- Arquitectos Paisagistas Associados, Lda.; Ceregeiro -- Arquitectura Paisagista, Lda.; José Adrião Arquitectos -- Sociedade Pessoal, Lda.; TPF Planage Cenor -- Consultores de Engenharia e Gestão S.A..

A cada um dos nove será atribuído um montante de 10 mil euros, "o que perfaz a quantia de 90 mil euros, acrescido de IVA à taxa legal em vigor de 23%, no valor de 20.700 euros, totalizando um encargo de 110.700 euros".

Comentários
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  • Sai palha
    15 dez, 2017 Lisboa 12:52
    Não se esqueçam de colocar uns mijatórios que é coisa que nas cidades em Portugal não há. Mesmo que sejam pagos.
  • A Martins
    15 dez, 2017 Braga 12:18
    A xenofobia não fere o "mediador" dos comentários? não há muçulmanos portugueses, como há judeus, ou budistas portugueses? os muçulmanos que trabalham em Portugal, também não serão contribuintes? Uma boa iniciativa da Camara de Lisboa, merece outro tipo de comentários, mas há sempre gente muito estranha.
  • Ped
    15 dez, 2017 LX 12:04
    Faça-se o habitual, um relvado para os cães fazerem as necessidades e a crianças rebolarem.
  • Filipe oliveira
    15 dez, 2017 Lisboa 11:53
    Oh amigo José, não tem uma Praça mas tem uma Avenida. Deixemos de ser pindéricos.
  • Carlos Sousa
    15 dez, 2017 Loulé 11:47
    Agora só falta verificar se há amigos no conjunto dos premiados....antes de pagarem os prémios, claro!
  • JJ
    15 dez, 2017 Lisboa 11:43
    Saúdo a iniciativa. Irei visitar os projectos expostos na Gulbenkian para perceber como se pode crescer tanto em espaço verde naquela zona e dar então o meu contributo.
  • Pedro Barbosa
    15 dez, 2017 Portugal 09:54
    Ó José, em Madrid não há uma praça com o nome de Portugal, há uma avenida.
  • TUGA
    15 dez, 2017 LISBOA 08:19
    O dinheiro que roubaram aos contribuintes para dar aos muçulmanos dava para muitos jardins!!! mas o povo gosta de ser roubado e gozado...que fazer??
  • José
    15 dez, 2017 Estoril 01:55
    E uma Praça com o nome de PORTUGAL ??? Se forem a Madrid não encontram lá nenhuma Praça de Portugal ... deixemo-nos de ser parolos.

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