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Bispo de Angra apela aos açorianos que orientem pobres e excluídos

12 dez, 2017 - 22:56

D. João Lavrador recorda os profetas do Antigo Testamento e pede “novos profetas que projectem sobre a sociedade a verdadeira esperança que anuncia que Deus continua a encarnar”.

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O bispo de Angra, D. João Lavrador, apelou esta terça-feira aos católicos açorianos, na sua mensagem de Natal, para que sejam discípulos de Jesus Cristo, orientando os pobres e os excluídos que anseiam por redenção.

"No contexto da cultura actual, exige-se dos discípulos de Jesus Cristo, isto é, dos cristãos, que ofereçam com gestos concretos a proposta libertadora a todos os excluídos e pobres que anseiam pela redenção das suas vidas", pode ler-se na mensagem enviada a todas as paróquias.

O prelado defende que os cristãos "terão de ser, através do seu testemunho, sinais de Deus a orientar a inteligência humana para descobrir Aquele que é a resposta a todas as perguntas que a razão humana coloca sobre o sentido da vida e sobre a condição do homem no contexto do mundo actual".

D. João Lavrador alega que o tempo de advento que antecede o Natal "pretende preparar e orientar a pessoa para viver em plenitude o culminar da sua esperança" e destaca as histórias de Isaías, João Baptista e Maria de Nazaré como exemplos que devem merecer a atenção e o compromisso dos cristãos.

Segundo o bispo de Angra, a história do profeta Isaías, que vive exilado da sua terra e sujeito aos vexames dos povos opressores, está presente na sociedade actual, em que "tantas pessoas sofrem da sua falta de dignidade, de exclusão, de opressão e, sobretudo, vítimas do secularismo agressivo e intolerante".

"É neste contexto que urge o ressurgir de novos profetas que, a partir de uma séria experiência de Deus, projectem sobre a sociedade e a cultura de hoje, a verdadeira esperança que anuncia que Deus continua a encarnar no seu filho, o verbo eterno de Deus que se faz um de nós", defendeu.

D. João Lavrador chama também atenção, na sua mensagem de Natal, para João Baptista, que "anuncia a presença de Jesus Cristo no meio de uma sociedade que se aliena no paganismo e se diverte no jogo das palavras e das ações que alimentam as paixões momentâneas mas que escravizam o ser humano".

Para o bispo de Angra, a singularidade da experiência cristã na época de Natal "tem de contar com a presença de Maria de Nazaré", que continua na comunidade crente a "indicar o caminho para um compromisso na comunhão de vida com aquele que nasce tão simples e pobre em Belém e quer continuar a revelar-se como presença amorosa junto da humanidade".

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