11 dez, 2017 - 14:12 • Ângela Roque
A Igreja tem uma “longa história de serviço aos doentes”, que não deve ser esquecida, diz o Papa Francisco na mensagem para o Dia Mundial do Doente, que se assinala a 11 de Fevereiro, divulgada esta segunda-feira pelo Vaticano.
Para Francisco, a “imagem da Igreja como ‘hospital de campo’ é uma realidade muito concreta”, porque em tantos locais do mundo continuam a ser “os hospitais dos missionários e das dioceses” os únicos a garantir os cuidados de saúde a quem precisa.
O Papa destaca a “generosidade” e a “criatividade” que marcaram tantas iniciativas ao nível da pastoral da saúde, ao longo dos séculos. E fala também do “empenho na pesquisa científica”, que permitiu “oferecer aos doentes cuidados inovadores e fiáveis”.
Francisco deixa, contudo, um alerta: diz que é preciso “preservar os hospitais católicos do risco de uma mentalidade empresarial”, que “quer colocar o tratamento da saúde no contexto do mercado, acabando por descartar os pobres”.
É preciso que o doente seja respeitado “na sua dignidade” e sempre colocado “no centro do processo de tratamento”, defende o Papa. Estas orientações servem igualmente para “os cristãos que trabalham nas estruturas públicas, onde são chamados a dar, através do seu serviço, bom testemunho do Evangelho”.
Para além do empenho dos profissionais, o Papa elogia também os que cuidam de familiares doentes ou incapacitados, e que não recebem o apoio que deviam.
“Os cuidados prestados em família são um testemunho extraordinário de amor pela pessoa humana e devem ser apoiados com o reconhecimento devido e políticas adequadas”, escreve o Papa.