10 dez, 2017 - 13:16
O Papa Francisco manifesta “tristeza” pelos confrontos dos últimos dias que provocaram vítimas na Terra Santa e apela aos líderes mundiais que evitem uma nova “espiral de violência” na região depois de os Estados Unidos terem reconhecido Jerusalém como capital de Israel.
Francisco renova, em comunicado divulgado este domingo, o apelo à “sabedoria e prudência de todos” e reza para que “os líderes das nações, neste momento de especial gravidade, se empenhem para evitar uma nova espiral de violência”.
O Papa pede-lhes que respondão “com palavras e acções aos desejos de paz, justiça e segurança das populações dessa terra maltratada”.
Cinco dias depois de Donald Trump ter reconhecido Jerusalém como capital de Israel e anunciado a mudança da embaixada para a cidade, o Vaticano defende o respeito pelo estatuto da cidade santa para cristãos, muçulmanos e judeus.
“A Santa Sé está atenta a essas preocupações e, recordando as sentidas palavras do Papa Francisco, reitera a sua posição bem conhecida quanto ao carácter singular da Cidade Santa e a necessidade essencial de respeitar o seu estatuto, de acordo com as deliberações da comunidade internacional e pedidos sucedidos das hierarquias das Igrejas e comunidades cristãs da Terra Santa”, sublinha.
Simultaneamente, o Papa reforça a ideia de que apenas uma “solução negociada entre israelitas e palestinianos pode trazer a paz estável e duradoura, e garantir a coexistência pacífica de dois Estados com fronteiras reconhecidas internacionalmente”.
Na passada quarta-feira, horas antes do anúncio de Trump, o Papa já tinha manifestado a sua "profunda preocupação".