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Salário mínimo. 580, 585 ou 600 é a questão

05 dez, 2017 - 07:57

Os parceiros sociais retomam esta terça-feira a discussão sobre salário mínimo. Actualmente, o valor é de 557 euros.

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A CGTP insiste nos 600 euros, a UGT reivindica 585 e o Governo sugere 580, mais 23 euros do que o valor que é pago actualmente. A questão promete debate na reunião desta tarde com o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, sobre o aumento do salário mínimo.

Na última reunião, a 24 de Novembro, o ministro pediu aos parceiros que enviassem propostas por escrito para serem discutidas esta terça-feira.

Do lado das confederações patronais, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, não avança valores e considera que a sua posição já foi transmitida na outra reunião com o Governo.

"É aceitável que o valor do salário mínimo possa ir além dos critérios matemáticos, pelo papel social que tem, mas não estamos dispostos a ser uns meros continuadores dos acordos políticos do Governo", disse o presidente da CCP.

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal também já disse que está disponível para negociar e, na última reunião, pediu redução dos custos de contexto e mais verbas para formação profissional, bem como uma maior protecção para as empresas mais expostas ao exterior.

Do lado do Governo, ainda não existe uma proposta formal, mas o valor que tem vindo a ser defendido e que está no programa é de 580 euros em 2018.

Na última reunião, além do salário mínimo, foi discutido o Fundo de Compensação do Trabalho (FCT), destinado ao pagamento parcial das indemnizações por despedimento e para o qual as empresas descontam globalmente 1% por mês.

O presidente da CIP, António Saraiva, defendeu que o acordo entre os parceiros assinado em Janeiro estabelecia alterações ao FCT e que essa questão não foi cumprida em 2017, mas recusou que esta seja uma contrapartida ao aumento do salário mínimo no próximo ano.

Da parte da CGTP, a insistência é sobre os 600 euros mensais em 2018. Arménio Carlos considera que há condições para tal e que será “bom para todos”.

A UGT é mais comedida e avança com mais cinco euros do que o Governo.

De acordo com os dados mais recentes, cerca de 728 mil trabalhadores portugueses recebiam, no primeiro semestre, o salário mínimo nacional.

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  • Fausto
    05 dez, 2017 Lisboa 18:23
    Eu posso pagar 600...vou é ter que aumentar...uma coisa ou outra...mas será por uma boa causa...vamos ver...
  • ze
    05 dez, 2017 portugal 12:45
    o povo e' manso
  • ze
    05 dez, 2017 portugal 12:44
    entre horas extra que nao sao pagas, bancos de horas que nao deixam ser gozados, acumulacao de funcoes, contratos cheios de maroscas, maroscas cheias de contratos, e ainda se atrevem a discutir se a esmola minima sao 557 ou 600€ ? alguem consegue viver confortavel com 600€??? o povo e' muito manso....
  • DR XICO
    05 dez, 2017 LISBOA 11:58
    Qualquer que seja o aumento vai ser uma esmola, uma vergonha, a CIP anda há anos a travar os aumentos justos dos trabalhadores. Mas será por 23€ / empregado que uma empresa vai á falência?? ou será pelos almoços diários dos patrões de centenas de €, da compra anual de um Mercedes topo de gama, dos € gastos em casas noturnas de..., das viagens faustosas em nome da firma etc. 600€ já
  • Lino
    05 dez, 2017 Lisboa 11:28
    A resposta correcta seria uns mil euros! No topo e para os boys não existem discussões é a grande e a francesa como se diz. Agora vem para cá os gestores e afins dizerem que não podem pagar esse aumento, respondo eu que em todos os anos que não subiu quantas vezes e quanto subiram o seu ordenado? Quantos têm os ordenados em dia? o que fazem merece uma diferença salarial assim tão grande?
  • ze
    05 dez, 2017 portugal 11:24
    entre horas extra que nao sao pagas, bancos de horas que nao deixam ser gozados, acumulacao de funcoes, contratos cheios de maroscas, maroscas cheias de contratos, e ainda se atrevem a discutir se a esmola minima sao 557 ou 600€ ? alguem consegue viver confortavel com 600€??? o povo e' muito manso....
  • Mark paulo
    05 dez, 2017 Coimbra 10:37
    Seja qual for os valores será sempre muito baixo. Na Europa vigora a lei de um ordenado mínimo de subsistência muito baixo, veja se alguns países onde o ordenado mínimo mal da pra ter condições condignas de sobrevivência. Por isso é bem provável que em Portugal o valor fique abaixo dos 600 euros
  • 05 dez, 2017 Portugal 10:36
    Qualquer um deles é um valor exorbitante que vai seguramente levar as empresas todas à falência e deixar muito patrão sem poder voltar às Caraíbas! Lá se vai a competitividade de Portugal face ao Bangladesh...
  • Antonio Dias
    05 dez, 2017 Cernache do Bonjardim 10:31
    Pois o que acontece é que pequenas empresas como a minha vão ter de despedir pessoal. Completamente incomportável pagar um salário mínimo de 600 euros. E pronto assim se arruma com o mexilhão. Cambada de artistas estes gajos do Governo
  • Filipe
    05 dez, 2017 évora 10:27
    Quanto toca a aumentos é de mão cheia de impostos e taxas , para dar o pão , primeiro dão a linguiça a quem lhes dá o porco ! O salário mínimo devia ser imposto por lei e não por acordos , quem quer quer quem não quer vá para a China explorar Chineses !

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