Sobre a recuperação do tempo de serviço que os professores exigem, o PSD não se compromete, apelando a um “equilíbrio” negocial entre Governo e sindicatos.
Mesmo com sobreposição de greves, Ministério da Educação não cede nos serviços mínimos. Apesar do colégio arbitral apenas se referir à greve do STOP, Luís Gonçalves da Silva, especialista em direito do trabalho, diz que "havendo um pré-aviso de greve, podem aderir trabalhadores filiados no sindicato que convocou a greve, trabalhadores filiados noutros sindicatos que não convocaram a greve ou, até, trabalhadores não sindicalizados”.
Há colégios privados com mais pré-inscrições do que é habitual. A estabilidade que o privado pode dar numa altura de greves de professores é valorizada pelos pais.
Para ficar na zona de residência e cansada de mais de 20 anos de incerteza, depois de ter percorrido o país e até emigrado para a Suíça para trabalhar nas limpezas, uma professora de História da Covilhã garante que recebe 850 euros (depois dos descontos) por 15 horas semanais de trabalho, mas com 140 alunos, oito turmas, acaba por dedicar 60 horas ou mais à escola.
A falta de acordo entre o Governo e os sindicatos dos professores em destaque no São Bento à Sexta, com o líder parlamentar do PS a considerar que nenhuma das partes pode ter uma "posição completamente inflexível". Eurico Brilhante Dias avisa, contudo, que há um limite financeiro num "momento de elevada turbulência". Também em debate na edição desta sexta-feira, as buscas na câmara de Lisboa, agora com a constituição de seis arguidos, e que envolve o ministo das Finanças. Pelo PSD Joaquim Miranda Sarmento diz que com este caso, há "um padrão que começa a formar-se" em relação a Fernando Medina
Esta sexta-feira, Ministério da Educação e sindicatos reúnem-se em nova ronda negocial. Fora das instalações do Ministério, centenas de professores protestam ruidosamente pelo que consideram ser os seus direitos.
Depois de duas reuniões, na quarta-feira, com a Federação Nacional da Educação (FNE) e cinco sindicatos, a tutela recebe a Fenprof e outras cinco organizações, incluindo o STOP e o SIPE, promotores de duas das greves em curso nas escolas.
João Costa garante que Governo está de “boa fé” nas negociações com os representantes dos professores, mas não é possível corresponder a todas as reivindicações dos sindicatos.