Elias Sanbar diz à Renascença que em Gaza se está perante uma “guerra nunca antes vista”. Este diplomata palestiniano, que está em Lisboa a convite do festival LEFFEST, denuncia uma limpeza étnica, acusa Israel de crimes de guerra, mas quer acreditar que o povo palestiniano não desistirá da sua soberania.
Lidou com a epidemia de Ébola e esteve na Síria, Ucrânia e Gaza. Há 15 anos que Javid Abdelmoneim trabalha com os Médicos Sem Fronteiras (MSF) em zonas de conflito, crises e surtos de doenças em todo o mundo. Depois de dois meses em Gaza conta, à Renascença como é regressar à vida normal.
As duas últimas intervenções ocorreram na noite passada, tendo sido resgatadas 52 pessoas, mas a noite mais agitada aconteceu de quinta para sexta-feira, com três operações de resgate.
A organização internacional insta os líderes mundiais, reunidos no Dubai para a COP28, a tomarem medidas urgentes para proteger a saúde das comunidades mais afetadas.
A organização insiste no seu apelo para que se ponha termo aos ataques contra os hospitais e se protejam as instalações de saúde, o pessoal médico e os doentes.
A Médicos Sem Fronteiras divulga um relatório onde testemunhos denunciam casos de violação dos direitos humanos antes e depois de chegarem a solo grego.
"Mais de 20 mil feridos permanecem em Gaza, com acesso limitado aos cuidados de saúde devido ao cerco e aos bombardeamentos constantes [do exército israelita]", declarou a organização humanitária, em comunicado divulgado na quarta-feira.