Para a antiga diretora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, “essa incapacidade tem provocado um desnecessário desgaste e falta de credibilidade do sistema”.
Na aceitação do segundo prémio que venceu, a magistrada dedicou-o “à sociedade anónima, sofredora e combativa, aqueles não se resignam e querem lutar por um país com progresso, com igualdade, com critérios de ética e transparência”.
Agora em definitivo na reforma, ao cabo de mais de quatro décadas de serviço, a procuradora do Ministério Público diz que a pandemia vai atrasar os investimentos na justiça. Sobre a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção, apresentada no outono pela ministra da Justiça, Maria José Morgado critica a falta de gabinetes de perícias para o Ministério Público e uma “mirífica” decisão sobre compensação legal dos denunciantes. A reflexão no programa “Da Capa à Contracapa” teve como base o livro “45 anos de combate à corrupção”, do jornalista Luís Rosa.
A procuradora jubilada do Ministério Público diz, no programa “Da Capa à Contracapa” da Renascença, que Portugal tem mecanismos de prevenção débeis e chama a atenção para um problema crónico no controlo público dos critérios de aplicação dos dinheiros comunitários.