margrethe vestager

"Alguém gostaria de utilizar tecnologia que não protegesse a sua privacidade?", perguntou a responsável pela concorrência na União Europeia.

Comissária para a Concorrência foi preterida por Nadia Calviño, mas tornou-se conhecida na pasta por enfrentar as grandes tecnológicas.

A vice-presidente executiva da Comissão Europeia responsável pela pasta da Concorrência vai tirar uma licença sem vencimento para concentrar esforços na candidatura ao Banco Europeu do Investimento (BEI).

Comissária europeia Margrethe Vestager admite, contudo, que regulação pode só entrar em vigor em 2025, sem acompanhar velocidade da tecnologia.

"Precisamos de novos instrumentos que nos permitam atuar de forma rápida e coletiva qualquer que seja o risco que enfrentamos", afirma a vice-presidente da Comissão Europeia.

"Uma das coisas que quero é que encontremos um alinhamento relativo à Inteligência Artificial", diz a comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager.

Através de uma abordagem baseada no risco, a UE propôs que nesta primeira legislação para a inteligência artificial sejam impostos controlos apertados aos sistemas considerados de “alto risco” e que sejam proibidos os de “risco inaceitável”.

A vice-presidente executiva da Comissão Europeia quer dar aos europeus neste semestre a capacidade de se identificar de forma correta e transparente no ambiente digital. Acumulando com a pasta da Concorrência, Margrethe Vestager promete manter o cerco aos gigantes digitais para que paguem os impostos que Bruxelas considera justos pela atividade dessas companhias no espaço europeu.

Entrevistada em Lisboa, aquando da visita do colégio de comissários a Portugal, Margrethe Vestager admite que os primeiros sinais da recuperação económica possam ser visíveis a partir do outono, se a vacinação correr pelo melhor. A também comissária da Concorrência lembra que a recuperação económica faz-se também pelo digital que vai centrar 20% dos fundos europeus criados para a saída desta crise. Vestager diz que a implementação do 5G ajuda à saída da crise e não esquece a batalha da taxação dos gigantes digitais.