Casos notificados derivam das pessoas que são internadas e fazem o teste à covid-19 que dá positivo ou de pessoas que estão mais preocupadas com o seu estado de saúde e vão aos cuidados de saúde primários.
Pelo menos desde 1980 que não morriam tantos portugueses num mês de junho. Em declarações à Renascença, Manuel Carmo Gomes recorda os atrasos nos diagnósticos e consultas provocados pela pandemia.
Média de casos vai ficar muito abaixo dos 60 mil casos diários previstos pela ministra da Saúde para o final do mês. Mortalidade e internamentos vão continuar a subir nas próximas semanas. Epidemiologista Manuel Carmo Gomes aconselha ao "uso inteligente da máscara".
Membro da Comissão Técnica de Vacinação para a Covid-19 faz depender a decisão de “um estudo rigoroso” bem como da “situação epidemiológica” que o país atravessar se a questão se colocar.
A percentagem de óbitos por Covid-19 está a aumentar nos maiores de 80 anos desde junho e, neste momento, este grupo etário já representa aproximadamente 50% dos internados em enfermaria. "Tenho dúvidas que consigamos impedir óbitos semanais nos próximos dois, três anos", defende o epidemiologista Manuel Carmo Gomes.
A meta da imunidade de grupo aumentou e é preciso agora vacinar cerca de 90% da população para que Portugal consiga controlar a pandemia, adianta Manuel Carmo Gomes. “Vacinar as crianças é uma responsabilidade parental e cívica”, defende o virologista Pedro Simas.
Os dados apresentados na reunião do Infarmed na terça-feira assustam Manuel Carmo Gomes, um dos investigadores responsáveis pelo relatório de recomendações enviado ao Governo, que culminou na matriz que regula o desconfinamento. O epidemiologista acredita que o país deve "abrandar", sob risco de correr atrás do prejuízo.
O conselho é do epidemiologista Carmo Gomes que, em declarações à Renascença, defende que as diferentes fases de desconfinamento deviam estar separadas por três (e não duas) semanas.
Em entrevista à Renascença um ano após os primeiros casos de Covid-19 serem detetados em Portugal, o epidemiologista considera que o país falhou em outubro e não pode repetir os mesmos erros que provocaram um pico histórico de mortalidade. Agora, está na altura de pensar em desconfinar gradualmente, sem receio de fazer marcha-atrás se a situação piorar. Carmo Gomes acredita que a pandemia, no essencial, pode estar resolvida até ao final deste ano.