A deputada socialista referiu-se alegado parecer jurídico depois de o ministro das Finanças negar a existência de qualquer parecer adicional ao da Inspeção-Geral de Finanças. No programa Princípo da Incerteza da CNN Portugal, disse aguardar "que algum desenvolvimento nesta próxima semana venha a haver que esclareça".
A deliberação assinada pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças e pela Parpública tem 12 páginas e dá conta dos fundamentos para a demissão da presidente executiva da TAP e do presidente do Conselho de Administração da companhia aérea.
Para o ministro das Finanças, o relatório da Inspeção-Geral de Finanças, que considera ilegal o pagamento de uma indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis, é suficiente. Oposição tinha pedido acesso a parecer jurídico, Governo rejeitou e, afinal, documento não existe.
Os últimos dias têm sido agitados no Parlamento. Uma vez mais, a TAP está no centro de todas as polémicas. Tudo começou com as explicações à indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis, mas em curso está um autêntico raio-x à gestão da companhia nos últimos anos. O Governo está na berlinda com mais casos polémicos a serem conhecidos.
Manuel Beja desconhecia que Alexandra Reis estava abrangida pelo estatuto de gestor público. Declarações na comissão de inquérito parlamentar de inquérito à gestão da TAP.
Chairman da TAP defende que a saída da administradora Alexandra Reis "poderia e deveria ter sido evitada", critica "imobilismo do Ministério das Finanças" e liderança de Christine Ourmières-Widener.