Em debate neste episódio os polémicos novos estatutos das Ordens Profissionais, que o Governo aprovou na semana passada e que, segundo a bastonária dos Advogados, vai legalizar a procuradoria ilícita.
Carlos Cortes considera uma "intromissão" a existência de elementos externos à Ordem nos conselhos disciplinares, que funcionam como tribunais que avaliam casos de alegados erros médicos e de negligência.
Rui Paulo Sousa afirmou que, com a proposta de revisão dos estatutos das ordens profissionais, o Governo está, "de uma forma encapotada," a "tentar recuperar o controlo e acabar com as ordens profissionais".
Segundo António Mendonça, o envio do diploma às respetivas ordens antes de seguir para o parlamento seria uma "atitude de consideração e de respeito pelas ordens e de reconhecimento do papel construtivo que tiveram" nas reuniões que ocorreram com o Governo na fase anterior do processo.
Até agora alguém exterior à profissão que praticasse os atos reservados aos advogados estava a praticar procuradoria ilícita, mas para secretário de Estado isto é "um erro de base".
Polémico diploma que altera os estatutos de 12 ordens profissionais, incluindo a dos Médicos e a dos Advogados, foi aprovado pelo Governo na semana passada.
A bastonária, Fernanda Almeida Pinheiro, garante que a associação profissional já tem um plano de ação, caso a proposta do Governo de alteração dos estatutos das ordens seja aprovado. Contestação visa, sobretudo, a nomeação de membros externos para a supervisão das ordens.
CNOP quer revisão do calendário, prazos mais alargados e participação das ordens na alteração da lei do regime jurídico das associações públicas profissionais.
Quase todas as ordens profissionais se manifestaram contra esta alteração ao regime jurídico, proposta pelo PS e pelo PAN, mas TC declarou constitucionalidade da lei.