Desigualdades e transportes são dois temas que têm estado fora do debate das eleições de 4 de Outubro. O primeiro está espelhado nas contas das organizações internacionais, no segundo andam os portugueses todos os dias. Em Cascais, descobrimos que ter ou não ter um autocarro pode levar ao aumento do fosso entre ricos e pobres.
Ainda nenhum deles pisou a mina dos manuais escolares, que são o maior investimento em papel das famílias portuguesas. Investimento que ao fim de um ano vai para o lixo. Aliás, no papelão os manuais estão ao pé do papel comercial do BES.
Ficou Pedro Passos a desautorizar Pedro Coelho, reconhecendo (sem querer) que só alguns têm direito efectivo a que um tribunal ouça e decida a sua causa. Depois, deu o dito por não dito e, naturalmente, ficou a emenda pior do que o soneto.
O que interessa aos Portugueses é saberem o que lhes vai tocar no futuro. Por exemplo, o que pensam fazer, Passos e Costa, com a Caixa Geral de Depósitos? Aquela dos anúncios de Scolari, do Scolari que perguntava “E o burro sou eu?"
“Número dois” do Governo acredita no bom senso dos eleitores e afirma: “nenhuma sociedade passa por aquilo que a portuguesa passou sem tirar as devidas ilações e consequências”.