No partido de extrema-direita desde os 16 anos, Bardella já foi membro da equipa de campanha de Marine Le Pen, nas presidenciais francesas de 2017, porta-voz e eurodeputado. Passados 50 anos, é a primeira vez que um presidente da União Nacional não pertence à família Le Pen - embora o novo líder namore com a sobrinha da antecessora.
Com apenas 27 anos, Jordan Bardella foi eleito presidente da União Nacional e sucede a Marine Le Pen. Esta é a primeira vez, nos 50 anos da história do partido, que o líder não pertence à família Le Pen.
Na quinta-feira, durante um debate, o deputado Carlos Martens Bilongo, eleito da França Insubmissa pelo Val d"Oise, na região parisiense, questionava o Governo sobre a crise migratória, quando o deputado da extrema-direita Grégoire de Fournas disse "que volte para a África".
Embaixador António Monteiro diz não ver quaisquer riscos de uma transferência de votos do eleitorado de esquerda radical para Le Pen: “não é isso que tem acontecido em eleições anteriores. E não é desta vez que vai haver mudança por obra e graça do Espírito Santo”.
Independentemente do peso da guerra, das relações com Putin e dos impactos nas faturas dos franceses, os principais favoritos à segunda volta das presidenciais francesas manobram politicamente sobre destroços de discursos, enganos, desilusões e resultados negativos de muitos oponentes. O politólogo Pedro Magalhães e o embaixador Francisco Seixas da Costa deixam na Renascença algumas leituras adicionais sobre o estado da política francesa na antecâmera da primeira volta da eleição primordial para os gauleses.
Entre os aliados da líder da extrema-direita francesa figuram nomes como Matteo Salvini, Viktor Orbán, o líder do partido polaco Direito e Justiça, Jaroslaw Kaczynski, o líder do espanhol Vox, Santiago Abascal, e a líder do Fratelli d’Italia, Georgia Meloni.