Dmitri Peskov, porta-voz de Moscovo, sublinha que o território anexado "é assunto da Federação Russa". Segundo a agência Ukrinform, a bandeira da Ucrânia já terá sido hasteada na Praça da Liberdade, em Kherson.
O ministro da Defesa russo disse que "um número importante" de pessoas se apresentou voluntariamente nos postos militares, o que contraria as notícias de inquietação e fuga de milhares de homens russos para os países vizinhos.
Diretor-Geral de Política Externa apelou junto do embaixador russo para que o Kremlin anule a decisão de anexar as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia. Embaixador russo em Lisboa contrapõe, dizendo que os referendos correspondem a "um direito consagrado na Carta das Nações Unidas".
É "estúpido e absurdo", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, lançar suspeitas sobre a Rússia, uma vez frisando que as fugas registadas também são problemáticas para Moscovo.
Questionado sobre a possibilidade de um encerramento de fronteiras da Rússia e sobre a imposição da lei marcial para impedir a fuga de potenciais recrutas, Dmitri Peskov alegou desconhecer quaisquer decisões nesse sentido.
Porta-voz da diplomacia de Moscovo, Maria Zakharova, condena tentativa britânica de "utilizar a tragédia nacional que tocou o coração de milhões de pessoas em todo o mundo para fins geopolíticos, para acertar contas com o nosso país".
"Isto é mau para os russos, porque os vistos serão provavelmente mais difíceis de obter", mas a medida também tornará as coisas "mais complexas" para os europeus.
“A janela de tempo para Putin ter sucesso na Ucrânia está a fechar-se e, em breve, o foco vai estar em como poderá o autocrata controlar a sociedade russa, enquanto comandante de um exército derrotado”, defende Scott Lucas, professor da Universidade de Birmingham.
O Presidente da Ucrânia,Volodymyr Zelenskiy, reiterou hoje a disponibilidade para dialogar "até ao fim da guerra" com a Rússia, depois de Moscovo dizer que o sucesso das negociações de paz dependerá de Kiev aceitar as suas exigências.
Espera-se que Moscovo responda a uma série de propostas ucranianas para um acordo, em que Kiev propõe a neutralidade da Ucrânia e a renúncia à adesão à NATO, desde que a sua segurança seja garantida por vários países.