Noiva do jornalista e dissidente Jamal Khashoggi, que foi assassinado no consulado saudita em Istambul em 2018, vê negado o processo judicial que tentou iniciar nos EUA contra Mohammed bin Salman.
A relatora da ONU Agnes Callamard assegurou esta sexta-feira ter sido ameaçada por um alto responsável saudita na sequência da sua investigação ao assassínio do jornalista Jamal Khashoggi em 2018.
Alegadas ameaças de morte contra Agnès Callamard remontam a janeiro de 2020. Autoridades sauditas não gostaram das conclusões da investigadora especial da ONU que concluiu haver "evidências credíveis" de envolvimento do príncipe herdeiro no assassinato de Jamal Khashoggi, em 2018.
Secretário de Estado norte-americano explica que as sanções visam proibir a entrada nos EUA a qualquer pessoa acusada de ameaçar ou atacar dissidentes ou jornalistas no estrangeiro.
Riade sempre negou responsabilidades na morte de Jamal Khashoggi, tendo, até alegado que o jornalista foi morto acidentalmente por uma equipa de agentes enviados a Istambul para o extraditar.
Os relatores especiais dizem ter informações que apontam para o “possível envolvimento” do monarca saudita num alegado ataque ao telemóvel de Jeff Bezos.
No total, foram condenadas oito pessoas. Khashoggi foi assassinado em outubro, no consulado da Arábia Saudita na Turquia. Era um forte crítico do reino.