ismail haniyeh

O engenho explosivo foi traficado para o Irão e colocado numa residência da Guarda Revolucionária Islâmica.

A notícia foi avançada esta quarta-feira pelo jornal norte-americano "The New York Times", que cita três fontes oficiais iranianas.

A Renascença falou com Sepideh Radfar, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e diretora do Centro de Iranologia sobre as implicações do assassinato de Ismail Haniyeh. O novo Presidente do Irão acusa Israel de ter eliminado o líder politico do Hamas, num ato que classifica de "terrorista" e "cobarde". Ismail Haniyeh foi assassinado em Teerão, pouco depois de ter assistido - como convidado - à tomada de posse de Massoud Pezeshkian. Israel não reivindicou o ataque.

Os Guardas da Revolução iranianos comunicaram que o chefe da ala política do Hamas e um guarda-costas morreram durante um "ataque" à casa onde Haniyeh se encontrava em Teerão.

Também a Autoridade Palestiniana e países como Irão, Turquia e Rússia condenaram a morte do dirigente.

Já o Irão afirmou que a morte de Haniyeh vai servir para reforçar os laços entre o país e o povo palestiniano.

Até agora, o homicídio não foi reivindicado.

As forças armadas israelitas confirmaram o ataque e descreve os três filhos de Haniyeh como operacionais do braço armado do movimento extremista que controla a Faixa de Gaza.