interrail europeias 2019

Um ano e meio depois do referendo sobre a independência da Catalunha, cinco políticos independentistas foram eleitos deputados ao mesmo tempo que estão em prisão preventiva e o ex-Presidente da Generalitat, exilado na Bélgica, é candidato ao Parlamento Europeu. Em Barcelona, a Renascença encontrou cidadãos que se preparam para enviar uma mensagem positiva ao ex-Presidente regional, mas há também quem considere que Puidgemont não devia poder candidatar-se.

As obras para a criação de uma ligação ferroviária de alta velocidade entre Lyon e Turim já estão em marcha desde 2012, mas em Itália continua a discussão sobre se a obra é ou não viável. Este é um dos temas que dividem a coligação entre o partido anti-sistema Movimento Cinco Estrelas e a Liga, de extrema-direita, cujas relações estão cada vez mais tensas. Salvini já avisou que, caso a subida da Liga nas eleições europeias se confirme, o partido sairá reforçado dentro da coligação governamental.

Apagou e-mails que trocou com Brenton Tarrant, o terrorista da Nova Zelândia, minutos antes de a polícia lhe entrar em casa. Ainda assim, diz-se vítima de uma "tentativa de incriminação". Neste interrail, a Renascença falou com o austríaco Martin Sellner, um dos principais rostos do movimento de extrema-direita "Geração Identitária", que está a "dar uma nova cara" aos ideais neonazis e que continua a ganhar terreno na UE.

Pedidos de asilo de menores não acompanhados não são aceites na Hungria há meses, dizem trabalhadores de organizações humanitárias no local, que afirmam que o país está assim a violar leis internacionais. A Hungria tem vindo a fechar progressivamente a fronteira, aceitando agora apenas duas famílias de requerentes de asilo por semana, em média. No campo de Subotica, na fronteira da Sérvia com a Hungria, dezenas de famílias esperam a sua vez. Fora dele, há jovens a tentar a sorte de atravessar ilegalmente.

Em 2014, apenas 13% da população eslovaca votou nas eleições para o parlamento europeu; um número ainda mais baixo do que os 19.6% em 2009 e os 17% de 2004. Neste InterRail, estivemos em Bratislava a procurar perceber porquê.

Depois de a extrema-direita ter vencido as eleições legislativas com maioria absoluta, em 2015, cinco partidos polacos decidiram unir forças para concorrer às eleições europeias. Sentámo-nos à mesa com jovens polacos para perceber o que pensam as novas gerações do partido no poder e das alternativas que têm à disposição.

A rápida subida dos preços das casas em Berlim está a gerar descontentamento e um grupo de cidadãos já apresentou um plano radical para a combater: expropriar o património dos grandes proprietários e devolvê-lo ao Estado. Uma solução com muitos adeptos, na cidade da contracultura e dos “squatters” (ou “okupas”).

Após as medidas anunciadas por Macron, de redução de impostos e subida de rendimentos, os protestos dos coletes amarelos perderam força, mas há quem não tenha ficado convencido. Em Lille, no norte de França, o 26º protesto reuniu cerca de mil pessoas. Ana Moreira, portuguesa a viver nesta cidade, diz temer que o descontentamento dos franceses dê mais poder a Marine Le Pen em França.

A Bélgica é um dos países mais ativos no movimento das greves pelo clima, iniciadas por Greta Thunberg. A Renascença falou com um dos ativistas do movimento Youth for Climate, que apesar de ainda não ter idade para votar, não desiste de fazer ouvir a sua voz. “Estou preocupado com o meu futuro”, diz Toon Lambrecht.

Há quase três anos que a “Selva” de Calais foi desmantelada. Mas a crise dos refugiados não desapareceu com o campo. Todas as semanas, a polícia francesa recorre à violência para retirar aqueles que se instalam, à espera de uma oportunidade para fazer a travessia para o Reino Unido. A denúncia é feita à Renascença por refugiados e voluntários, durante uma manifestação pelos direitos humanos em Calais.