02 nov, 2012 • Paula Costa Dias
O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade diz que as instituições da Igreja na diáspora precisam de “criatividade” para ir ao encontro dos portugueses que emigram.
Na abertura do encontro de promotores socio-pastorais das comunidades portuguesas que começou esta sexta-feira, em Fátima, D. Jorge Ortiga frisou que a Igreja tem de estar atenta não só aos que emigram sem perspectivas de trabalho mas também aos jovens com formação que deixam o país em busca de um emprego melhor.
Para D. Jorge Ortiga, o facto da maior parte dos que têm saído do país terem mais facilidades de integração não significa que não precisem de apoio.
“É preciso que estas missões católicas portuguesas estejam atentas aos portugueses que chegam porque, por muito habilitados que sejam, vão necessitar sempre de um espírito de família, de um espírito de acolhimento, que numa terra em que não conhecem ninguém nunca terão”, disse.
Já o secretário de Estado das Comunidades Europeias, José Cesário, pediu, na abertura do encontro, mais articulação entre as entidades na diáspora para melhorar o acolhimento aos emigrantes.
“Faz falta haver uma maior relação entre as instituições que, no terreno, já fazem esse trabalho social. Faz falta haver redes através das quais as pessoas possam permutas experiências de modo a podermos perceber melhor a realidade e mobilizar mais meios”, refere José Cesário.
Este encontro junta em Fátima, até domingo, delegações de países com elevado número de emigrantes portugueses como Alemanha, França, Estados Unidos e Venezuela. Um encontro de experiências para traçar novos rumos no acolhimento aos emigrantes portugueses.