09 ago, 2014 • Paula Caeiro Varela
O dicionário diz que perigeu é o ponto na órbita de um astro ou satélite com menor afastamento da Terra e "rima" com lua cheia. Somam-se os dois e dá Superlua, no domingo, ao cair da noite.
Vai ser um luar de Agosto para olhar sem pressa, para guardar na memória e em fotografia, se houver talento e engenho. Diz quem sabe que é tudo uma questão de perspectiva. O astrofotógrafo português Miguel Claro soube tão bem que a sua foto da Superlua de 13 de Junho, com o Cristo Rei e a lua em tons de mel, foi imagem do dia no site da NASA.
Miguel Claro, em declarações à Renascença, deixa alguns conselhos a quem quiser captar o fenómeno astronómico de domingo: "O que é preciso é que consigamos encontrar um elemento interessante em Terra, neste caso pode ter a ver com um monumento, por exemplo como foi o caso da imagem do Cristo Rei, porque a Lua, para a distância focal que eu quiser usar na minha câmara, vai ter sempre o mesmo diâmetro aparente, mas os objectos em Terra, esses sim, variam. Portanto, conseguimos criar aquela ilusão de que a Lua parece gigantesca comparativamente com outros objectos."
Não é preciso ser fotógrafo profissional nem ter equipamento de topo para captar a Superlua, mas uma câmara com teleobjectiva ajuda, refere Miguel Claro.
“Não é preciso ser nenhuma teleobjectiva profissional, mas quanto mais distância focal tiverem ou, no caso de uma compacta, quanto mais zoom óptico tiverem, ajudará naturalmente, porque ajuda a aproximar um pouco mais a Lua para dar a sensação que está maior. No fundo, é isto e um bocadinho de criatividade, tentarem ser originais e irem buscar alguns elementos interessantes”, sublinha.
Seguir estes conselhos vai ajudar a tirar "aquela" fotografia, mas esqueça o smartphone porque, provavelmente, vai ficar com um pontinho brilhante no meio de uma fotografia escura, a menos que tenha um telescópio por perto.