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Quintanilha Rock. Música, paisagem e comida para portugueses e espanhóis

10 abr, 2015 • Olímpia Mairos

É um festival cada vez mais ibérico. São esperados seis mil visitantes na 15ª edição do festival raiano, que transforma a aldeia de Quintanilha.

Este não é um festival de música como os outros. Damos um exemplo: no palco "Mi adega es tu adega", na histórica Adega do Fanhascas, haverá música, mas também não faltará vinho, presunto e enchidos típicos regionais.

Que sentido faz um palco com nome espanhol num festival português? Todo. A grande aposta do Quintanilha Rock 2015, marcado para 9 a 11 de Julho, é juntar os públicos de Portugal e Espanha na aldeia raiana de Quintanilha, no concelho de Bragança, e na praia fluvial do Colado, junto ao rio Maças.

O cartaz do festival, que ainda não está fechado, vai contar com presenças nacionais e internacionais no Parque do Colado. Como cabeças de cartaz surgem os portugueses Octa Push, aos quais se juntam nomes como Los Waves, Killimanjaro, Monster Jinx e The Partisan Seed. Também já estão confirmadas as presenças de Los Nastys, banda que viaja de Madrid, e dos Little Jesus, formação proveniente da cidade do México.

Filipe Afonso, presidente da ArtiColado, associação responsável pela organização do Quintanilha Rock 2015, refere que desde o início, quiseram "contar com as bandas portuguesas que estão na linha da frente do movimento alternativo" e com "bandas espanholas ou que cantem em espanhol".

"A programação do festival vai continuar nesta linha, embora tenhamos a esperança de ainda conseguir trazer algumas bandas provenientes de outras geografias", assegura.

Pensar em Espanha
A organização quer afirmar o festival como um evento ibérico. Esta estratégia acontece por causa da proximidade com Espanha, uma vez que apenas o rio Maçãs divide os dois países.

"Seria impensável planear um festival com as características do Quintanilha Rock sem considerar uma estratégia territorial. Os espanhóis são um povo muito ligado à música, expansivos e extremamente festivos e, por essa razão, o cartaz do festival foi feito, também, a pensar neles", realça Filipe Afonso.

Os festivaleiros poderão contar também com vários palcos distribuídos pela aldeia para que possam "usufruir de uma experiência que se quer musical, mas também de espírito comunitário".

A organização prevê cerca de seis mil visitantes no conjunto dos três dias do festival.