"Holocausto é mito inventado pelos norte-americanos"
30 jan, 2013
Segundo Fathi Shihab-Eddim, conselheiro do presidente do Egipto, os seis milhões de judeus que morreram nos campos de concentração alemães foram levados para a América.
O presidente da República do Egipto está de novo debaixo de fogo após um dos seus conselheiros ter dito que o Holocausto nunca aconteceu. Fathi Shihab-Eddim, responsável pela nomeação dos directores de todos os jornais controlados pelo Governo, afirmou que "o mito do Holocausto é uma indústria que a América inventou".
"As agências de informação norte-americanas, em colaboração com os seus homólogos dos países aliados durante a Segunda Guerra Mundial, criaram o Holocausto para destruir a imagem dos seus opositores na Alemanha e para justificar a guerra e a destruição maciça de infra-estruturas militares e civis dos países do Eixo, especialmente para justificar o bombardeamento atómico de Hiroshima e Nagasaki", disse Shihab-Eddim, citado pela Fox News.
O mesmo conselheiro argumentou que os seis milhões de judeus que desapareceram da Europa foram, na verdade, levados para os Estados Unidos.
Os comentários anti-semitas e negacionistas surgem numa altura em que o presidente Mohamed Morsi está sob forte contestação interna e também algumas semanas depois da divulgação de comentários do próprio governante, que terá afirmado em 2010 que os "sionistas" descendem de "macacos e porcos".
Morsi pertence à Irmandade Islâmica, um movimento islamita que tem ganho muito poder desde a queda do regime de Hosni Mubarak.