29 jan, 2013
Vários adeptos do clube israelita Beitar Jerusalém protestaram contra a contratação anunciada pelo clube de dois jogadores muçulmanos.
No jogo do último fim-de-semana, os adeptos abriram uma faixa a dizer “O Beitar continuará puro”, tendo gritado palavras de ordem contra o dono do clube, o magnata judeu de origem russa Arkadi Gaydamak.
Gaydamak não se deixou influenciar e garantiu já que os jogadores, que são chechenos, vão mesmo jogar no clube. “Para mim, não existe diferença entre um jogador judeu e um muçulmano”, explicou em declarações reproduzidas pelo jornal americano judaico ‘The Forward’.
O Beitar distingue-se por ser o único clube da liga israelita que nunca teve um jogador árabe, o que constitui factor de orgulho para alguns adeptos, que contribuem para um historial de intolerância e violência anti-islâmica. Em Março, vários foram detidos depois de terem entoado cânticos anti-islâmicos e agredido trabalhadores árabes num centro comercial.
Em 2005, o clube contratou um jogador muçulmano o niigeriano Ndala Ibrahim -, que teve de sair depois de ter sido agredido por adeptos fanáticos. De resto, o Beitar apenas teve quatro jogadores não judaicos, um argentino, dois croatas e um ucraniano, mas nenhum deles era muçulmano.