Demografia “é um problema de sobrevivência de um povo”
14 nov, 2012
Políticas que desincentivam nascimento de filhos põem em causa o Estado Social e equivalem a andar “ao contrário da história”.
O padre Manuel Morujão, porta-voz da Conferência Episcopal, mostrou-se hoje preocupado com os dados da Organização das Nações Unidas que indicam que em Portugal nascem apenas 1,3 filhos por cada mulher. Só a Bósnia tem valores inferiores.
“Seguramente que as políticas a implementar são de favorecer as famílias que querem ter filhos, para que as possam ter. É um problema de sobrevivência de um povo, não é um assunto marginal há que implementar medidas que facilitem e não dificultam a que os casais possam ter filhos, e não apenas um”, afirmou o padre Morujão.
“É um problema de subsistência, de sobrevivência e uma cultura altruísta que é preciso também implementar. Se eu penso só no meu conforto e no meu bem-estar social, certamente irei na linha dessas políticas, que são de retrocesso, de andar ao contrário da história.”
Como exemplo dos custos sociais do “inverno demográfico”, o porta-voz da CEP fala do próprio Estado social: “Concretamente os serviços de saúde, previdência social, colapsarão, porque haverá um pequeno número de pessoas a trabalhar para uma população que está já reformada, por isso esses números são um alerta à consciência social e todos, particularmente de quem nos governa”, diz o padre Manuel Morujão.