09 nov, 2012 • Domingos Pinto
No Sudão do Sul está em marcha uma campanha nacional a pedir uma moratória como primeiro passo para abolir a pena de morte. No chamado “corredor da morte”, há cerca de duas centenas de pessoas que esperam por clemência.
A semana começou com a entrega ao ministro dos Negócios Estrangeiros do país de uma petição contra a pena capital apoiada por diversas organizações nacionais e internacionais de defesa dos direitos humanos.
A iniciativa é também apoiada pela Igreja Católica. O padre José Vieira escreveu uma carta aos bispos do Sudão para intervirem nesta questão e pedirem ao Presidente Salva Kiir Mayardit uma moratória das execuções.
O missionário comboniano português, em declarações à Renascença, denuncia a violação dos direitos humanos naquele país africano. Dá como exemplo a situação nas cadeias, onde há doentes mentais presos com cadeados e misturados com outros reclusos.
As forças armadas “não respeitam as pessoas: violam, matam, espancam, torturam, roubam”, refere o padre José Vieira. O sistema jurídico “ainda é muito insípido”, as pessoas “têm muito valor aqui”, lamenta.