27 set, 2012
“Diria, arriscando pecar por excessiva simplificação, que a Igreja tem condições para comunicar bem.” A opinião é de Joaquim Franco, jornalista da SIC que acompanha a actualidade religiosa em Portugal, ressalvando que a Igreja pode ainda melhorar.
“Carece de uma reflexão sobre a forma como deve posicionar-se neste ambíguo universo de comunicação, que é marcado pela secularização, e tem de encontrar também uma linguagem adequada”, considera o jornalista, admitindo no entanto que, “em muitas circunstâncias, o problema não seja da linguagem mas do conteúdo, que não corresponde às expectativas da cultura dominante”.
Também António Marujo, jornalista do Público, admite a necessidade de melhorias ao nível da comunicação da Igreja. “Parece-me que por vezes continuar a falhar algum acerto com o tempo certo para que a Igreja comunique bem e passe bem a sua mensagem”, refere.
“Por vezes a Igreja é lenta a reagir a determinados acontecimentos, nem sempre acerta; quando as pessoas querem ouvir a mensagem, a Igreja não fala, e fala depois quando os acontecimentos já passaram”, acrescenta António Marujo.
Os dois jornalistas de religião participaram no debate “Silêncios e Silenciamentos na Comunicação Social”, discutidos nas Jornadas Nacionais da Comunicação Social, que decorrem em Fátima.
A iniciativa, entre outros aspectos, visa reflectir sobre a forma como a Igreja comunica.