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Dalai Lama considera que a China atravessa "crise moral"

15 mai, 2012

Líder tibetano recusa comentar onda de auto-imolações que têm ocorrido no território tibetano ao longo do último ano.

O líder exilado do Tibete, Dalai Lama, considera que a China está a atravessar uma grave crise moral, composta por corrupção em larga escala e ausência de lei. O resultado, diz o líder tibetano, é que milhões de jovens chineses se estão a voltar para a espiritualidade, nomeadamente para o Budismo, incluindo o ramo tibetano, considera.

“A cultura budista do Tibete pode ser muito benéfica para milhões de chineses que estão a passar por um período muito difícil”, afirmou.

O Dalai Lama encontrava-se em Londres onde recebeu o Prémio Templeton, uma das mais importantes distinções no campo da religião, que premeia pessoas que promovam a dimensão espiritual da vida humana através do seu trabalho.

O Dalai Lama indicou que a quase totalidade do prémio, no valor de cerca de 1,3 milhões de euros, irá para o ramo indiano da instituição “Save the Children”.

Na conferência de imprensa o líder dos budistas tibetanos recusou comentar a onda de auto-imolações que tem atingido o Tibete, considerando que se trata de um assunto sensível e que abandonou as suas responsabilidades políticas o ano passado.

Pelo menos 35 tibetanos incendiaram-se ao longo do último ano em protesto contra a ocupação do Tibete e o exílio do Dalai Lama.