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Cristãos paquistaneses pedem protecção à comunidade internacional

12 abr, 2012

Educação é a área chave de intervenção, insiste ministro cristão, pois o analfabetismo contribui para a tensão entre grupos étnicos e religiosos.

Cristãos paquistaneses pedem protecção à comunidade internacional
O ministro paquistanês da Unidade Nacional, Paul Bhatti, afirmou, num encontro com Hermann van Rompuy, presidente da União Europeia, que as minorais religiosas no seu país “necessitam da protecção da comunidade internacional”.

Na reunião, em que participaram igualmente destacados membros da Comissão e do Parlamento Europeu, Bhatti explicou que esta ajuda é particularmente necessária na educação, pois “o analfabetismo e a intolerância são as principais causas da deterioração da situação social no Paquistão e da crescente tensão entre diferentes grupos étnicos e religiosos”.

O católico Paul Bhatti assumiu este cargo ministerial a pedido do primeiro-ministro, após o assassinato do seu irmão, Shahbaz Bhatti, em Março do ano passado, por ter defendido precisamente as minorias religiosas no Paquistão. Naquele país de maioria esmagadoramente muçulmana vivem cerca de 2,2 milhões de cristãos, que representam, todavia, apenas 2% da população total do país.

A defesa das minorias religiosas ganhou notoriedade nos últimos anos por causa da lei da blasfémia, que tem provocado uma maior arbitrariedade contra cristãos e membros de outras confissões religiosas, e que tem gerado situações de intolerância e fanatismo.

No ano passado para além do assassinato de Shahbaz Bhatti também foi assassinado um político muçulmano moderado que era um aliado das minorias religiosas e também fortemente crítico da lei da blasfémia. Salmaan Taseer foi baleado por um guarda-costas precisamente por ter saído em defesa da cristã Asia Bibi, acusada de blasfémia e que aguarda ainda numa prisão a resolução do seu caso.

Paul Bhatti encontrou-se em Bruxelas com representantes da União Europeia, tendo viajado a convite da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.