Irmã Lúcia morreu há sete anos. Processo de beatificação prossegue
13 fev, 2012 • António Pedro
Vice-postulador compreende interesse popular, mas diz que o processo não pode ser feito sob pressão.
A última vidente de Fátima morreu há sete anos. Ao longo deste período, tem avançado o processo de beatificação da Irmã Lúcia.
Os procedimentos são demorados, como é norma nestes casos. Neste momento, ainda se aguarda o relatório da Comissão Histórica, que investiga a vida da Irmã Lúcia, e procede-se à análise da correspondência da freira, que contempla mais de 11 mil cartas.
“A Comissão Histórica já fez a pesquisa de todos os documentos e agora está a estudá-los. Já estudou mais de sete mil cartas, mas elas são onze mil ou mais, de modo que ainda falta esse trabalho”, explica o Cónego Alberto Gil, Vice-postulador da Causa.
As cartas servem para aprofundar as virtudes da irmã Lúcia. Depois, é necessário entrevistar as testemunhas. Findo esse processo, ainda faltará o surgimento de um milagre que se possa atribuir à sua intercessão.
“É necessariamente assim. A Comissão Histórica sabe do natural interesse que surge, mas isto é moroso e eles não podem trabalhar sob pressão”, refere o Cónego Alberto Gil.
Uma coisa é certa: ainda sem resultados e não obstante a demora, a devoção à última vidente de Fátima mantém-se bem viva. “Há muitas visitas ao Carmelo. Muitas graças são imploradas e vão-se publicando. O tempo naturalmente vai esbatendo, mas a sua figura e a sua pessoa e a sua fama mantêm-se”, considera o Cónego Alberto Gil.
Os sete anos da morte da irmã lúcia assinalam-se esta segunda-feira à tarde, no Carmelo de Santa Teresa, com uma missa presidida pelo bispo de Coimbra, às 18h00.