28 jan, 2012 • Paula Costa Dias
O apoio espiritual é a “chave” para os reclusos saírem da prisão e reintegrarem-se na sociedade, mas é preciso dar mais formação aos assistentes. Esta é a grande conclusão do Encontro Nacional da Pastoral Penitenciária, que terminou hoje em Fátima.
Nas prisões portuguesas há cada vez mais jovens com menos de 35 anos, que vêm de instituições e não das famílias e que estiveram envolvidos em crimes violentos.
Esta nova realidade que traz mais dificuldades para quem tenta ajudá-los, salienta o padre João Gonçalves, coordenador nacional da Pastoral Penitenciária.
“Nós lidamos com uma população prisional diferente do que tínhamos há 15 ou 20 anos e, às vezes, é difícil fazer encaixar o anúncio que lhes levamos com critérios de vida que as pessoas trazem.”
Por isso, o grande desafio dos assistentes é, através do diálogo, “reconstituir os valores” dos reclusos, sublinha o padre João Gonçalves.
Para dar resposta aos novos desafios, há que apostar na formação continua dos assistentes religiosos. O Encontro concluiu ainda que é necessário reavivar as comissões ou secretariados da pastoral penitenciária em todas as dioceses do país.