Paulo Portas condena perseguição aos cristãos na Nigéria
23 jan, 2012
Actual vaga de atentados começou no Natal e tem feito centenas de mortos.
Paulo Portas defendeu hoje que a União Europeia "deve ser activa" nos esforços para proteger as minorias cristãs na Nigéria, que estão a ser alvo de perseguição e ataque.
O ministro dos negócios estrangeiros falava hoje em Bruxelas, onde participou na reunião dos chefes das diplomacias dos 27.
“O direito de liberdade religiosa e o direito de expressão da fé de cada Ser Humano fazem parte do ponto de vista dos valores europeus, que estão certos, da essência e da dignidade do Ser Humano”, considera Paulo Portas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros considera que os esforços da União Europeia para defender as comunidades perseguidas devem ser apoiados: “A União Europeia deve ser activa e devemos apoiar os seus esforços para proteger as minorias religiosas e, no caso, as minorias cristãs que sofrem uma perseguição significativa e inaceitável.”
Os cristãos são as principais vítimas dos fundamentalistas islâmicos na Nigéria, só na última sexta-feira uma série de atentados coordenados causaram pelo menos 215 mortos - muitos eram cristãos.
Hoje mesmo o bispo católico de Kano, monsenhor John Namanzah Niyiring, disse à agência Fides que a população ainda está em choque com os atentados que duraram três horas e atingiram vários pontos da cidade, incluindo algumas estruturas da igreja, esquadras de polícia e serviços de imigração.
Os ataques foram reivindicados pelo grupo radical islâmico Boko Haram, que diz ter agido em protesto contra a recusa do Governo em libertar vários dos seus elementos que se encontram detidos.