Muçulmanos pediram o encerramento de todos os spas das ilhas. Presidente concordou mas, ontem, voltou atrás para não ferir a economia.
Menos de uma semana depois de ter mandado encerrar todos os spas e centros de massagem nas Maldivas, o presidente daquele arquipélago voltou atrás e suspendeu a proibição, alegando preocupações económicas.
A suspensão foi pedida por uma coligação de organizações islâmicas. As mesmas organizações pediram o fim da venda de álcool e de carne de porco no país e, até, a realização de voos de companhias israelitas no espaço aéreo das Maldivas.
O Governo começou por acolher a proibição dos spas e enviou a lei para o supremo tribunal, que deverá pronunciar-se sobre a sua constitucionalidade. Contudo, e sem o parecer do tribunal, o presidente Mohamed Nasheed voltou atrás alegando que teme ferir a economia do país, fortemente dependente do turismo.
Cerca de 97% da população das Maldivas adere ao Islão, que é religião oficial do Estado. A lei nacional proíbe que não muçulmanos se tornem cidadãos e impede o Estado de passar leis que contrariem a religião.