Sentimentos de insegurança e aumento do fundamentalismo islâmico estão na origem da fuga de cristãos egípcios.
A Primavera árabe foi um período de êxodo para a comunidade cristã do Egipto.
Um relatório da União Egípcia de Organizações dos Direitos Humanos afirma que cerca de cem mil coptas, como são conhecidos os cristãos egípcios, abandonaram o país desde Março, na sequência da queda do regime de Mubarak.
O aumento dos ataques contra a comunidade cristã e a incerteza política que se vive no país, com a subida do fundamentalismo islâmico, estão na origem do abandono por parte de tantos cristãos, bem como o sentimento de falta de protecção por parte do regime.
Não há dados oficiais, mas estima-se que os cristãos componham cerca de 10% da população do Egipto, o que se traduz em cerca de oito milhões de pessoas, de longe a maior comunidade cristã do mundo árabe, pelo que a presença de cristãos no país não está ameaçada.