Sheikh moderado morto nos protestos contra a junta militar
19 dez, 2011
Emad Effat era secretário-geral do organismo que emite fatwas - sentenças islâmicas - no Egipto e uma das principais figuras do movimento moderado e progressista.
Uma importante figura da instituição islâmica no Egipto foi morto na passada Sexta-feira, durante um protesto contra a junta militar que ainda controla o país.
Emad Effat era secretário-geral do organismo que emite as sentenças islâmicas, ou fatwas, e que faz parte da estrutura da universidade Al-Azhar, a mais respeitada instituição islâmica do mundo.
Durante a manifestação de sexta-feira foi baleado no peito e acabou por morrer. Testemunhas dizem que os disparos vieram dos militares.
O enterro, realizado no Sábado, foi acompanhado de cânticos contra o regime por parte dos manifestantes que tentaram pressionar os clérigos a levar o cortejo fúnebre a passar pela Praça Tahrir.
Emad Effat participou nos protestos iniciais da Primavera Árabe que levaram ao derrube do regime de Mubarak e, mais recentemente, tinha participado nos renovados protestos contra a junta militar.
Várias figuras cristãs do Egipto associaram-se aos muçulmanos enlutados, tendo alguns padres participado no cortejo fúnebre de Effat.