Auto-imolações são fruto de “genocídio cultural”, diz Dalai Lama
08 nov, 2011
Pelo menos 11 religiosos tibetanos incendiaram-se nos últimos meses, em protesto contra a ocupação chinesa do Tibete.
As condições que os tibetanos têm de enfrentar, fruto das políticas chinesas na região, correspondem a um genocídio cultural e são a principal causa da onda de auto-imolações que tem atingido a região nos últimos meses, afirmou ontem o Dalai Lama numa conferência de imprensa no Japão.
O incidente mais recente aconteceu a semana passada e levou à morte de uma freira budista. Outras dez pessoas, entre monges e freiras já tinham feito o mesmo, sendo que nem todos acabaram por morrer.
Em todos os casos a razão invocada foi o protesto contra a falta de liberdade do Tibete e a repressão contra a cultura tibetana.
As autoridades chinesas já acusaram o Dalai Lama de estar por detrás dos episódios, apelidando-o de terrorista separatista.
Na conferência de imprensa o Dalai Lama voltou a defender a não-violência como forma de protesto contra a ocupação do Tibete.