Comissão de Igualdade defende vítimas de cristianofobia
06 out, 2011
Caso de duas mulheres despedidas por usar um crucifixo está diante do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
A Comissão para a Igualdade e Direitos Humanos de Inglaterra e País de Gales considera que os tribunais do país têm feito uma interpretação demasiado rígida das leis de igualdade existentes no país.
Esta afirmação foi feita num documento enviado para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, no contexto de dois casos de mulheres que perderam os seus empregos por se recusarem a retirar ou a esconder crucifixos que usavam ao pescoço.
Os casos de pessoas a alegar discriminação religiosa no trabalho por causa de símbolos religiosos como a cruz tem aumentado no país, sendo que os tribunais têm dado quase sempre razão às entidades patronais. Em muitos casos trata-se de funcionários públicos.
Este caso específico diz respeito a Nadia Eweida e Shirley Chaplin. A primeira, uma cristã copta de origem egípcia que se mudou para o Reino Unido aos 18 anos trabalhava para a British Airways e usava uma cruz ao pescoço, que se recusou a esconder quando ordenada pela empresa, pelo que foi despedida.
Shirley Chaplin é enfermeira e perdeu o emprego depois de se recusar a remover a cruz que sempre utilizou à volta do pescoço durante mais de 30 anos de profissão.