12 mai, 2015
Nove em cada dez portugueses afirma ter uma preferência religiosa e, entre esses, a Igreja Católica reúne a preferência de 97,1% dos portugueses.
O dado é de um estudo do IPAM - Marketing School, que teve por base 1.200 entrevistas telefónicas, realizadas, entre 3 de Abril e 3 de Maio, em todo o território nacional.
Apesar de ser expressiva a percentagem de portugueses que se declaram religiosos, cerca de um quarto desse universo não frequenta locais de culto.
Outro dado destacado, em declarações à Renascença, por Pedro Mendes, do IPAM - Marketing School é o de que a maioria dos católicos - cerca de 87,5% - atribui às tradições familiares a sua opção, o que "a longo prazo, poderá significar algumas mudanças", devido a alguma perda de importância "da instituição família e da tradição familiar".
"A família ainda tem muita importância na sociedade", sublinha Pedro Mendes, sem deixei de lembrar, contudo, que se trata de uma instituição em mudança.
O arcebispo primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, sublinha, em declarações à Renascença, que "a Igreja tem consciência desta realidade", em que o principal factor de adesão à fé católica acaba por ser a tradição, o que leva a que as diferentes dioceses estejam hoje "a trabalhar no sentido de promover uma maior consciencialização individual da fé, particularmente na catequese".
D. Jorge Ortiga admite que os resultados desse trabalho podem "ainda não ser muito visíveis". Está convicto de que acabarão por ser, tanto mais que também "a pastoral familiar, apesar de todas as dificuldades, está um pouco orientada nesse sentido", o de no seio da própria família, fazer-se uma orientação "para umaa fé alicerçada em convicções pessoais".